Partida decepcionante. Rendimento com uma ponta de frustração. O torcedor da Ponte Preta acorda nesta segunda-feira com um ar de preocupação com o futuro. Dentro de casa não há produção. Sem isso, é impossível pensar em acesso. Alguma providência deve ser tomadas para estancar a sangria e entrar na rota da classificação.
A principal é esquecer o derbi. É isso que você leu. A vitória por 3 a 2 foi ótima, épica, mas é preciso dimensionar os fatos.
O principal clássico do futebol campineiro é específico. Mobiliza a cidade, pressiona os jogadores e traz um ar de eletricidade no ambiente. O técnico é forçado a produzir uma estratégia especial, e que explore os pontos fracos do rival. Neste requisito, Doriva foi perfeito. Além de jogar bem, a Ponte Preta, naquele dia 05 de maio, anulou o Guarani e seus jogadores.
Após a conquista dos três pontos, a tarefa da Macaca não seria apenas provar que teria capacidade de anular o oponente e vencer por seus próprios méritos. O que aconteceu? Diante da Vila Nova, as condições foram oferecidas para a fatura da segunda vitória seguinte. Comportou-se de modo titubeante e quase perdeu o jogo.
Diante do Dragão, o quadro foi pior. Um primeiro tempo cujo gol de Paulinho foi incapaz de esconder a leniência na marcação e a falta de criação. Os 45 minutos decisivos foram piores. O oponente aproveitou-se dos vacilos, marcou a Alvinegra com talento e os três gols foram mera consequência.
Solução? Os jogadores entenderem as características da competição, o treinador debruçar-se sobre novas soluções táticas e a diretoria, além de contratar, intensificar as discussões internas para buscas os motivos da oscilação. É hora de arregaçar as mangas.
(análise feita por Elias Aredes Junior)