O Guarani venceu o CRB por 2 a 0 e a boa produtividade no segundo tempo detonou um sentimento de euforia na torcida. Por um instante, termos que pareciam esquecidos voltaram a baila como “crescimento”, “time encorpado”, entre outros requisitos. Fica a pergunta: o time faz boa campanha?
Se a meta for a manutenção na segundona nacional, não há como negar que o objetivo será alcançado até com certa facilidade. Se a opção for a luta pelo acesso, um rotundo. Não aparece na cara do interlocutor.
Aos números. Com 10 pontos ganhos, a conclusão óbvia é que o time está no meio do caminho. Afinal, são quatro pontos de diferente para o Coritiba, atual quarto lugar e quatro pontos a frente do CRB, que abre a zona do rebaixamento. Ou seja, os três pontos no sábado salvaram o time de um sufoco maior.
Sejamos sinceros: excetuando-se o segundo tempo contra o time alagoano, qual foi a partida em que o Guarani convenceu de modo pleno? Qual confronto que o time funcionou de maneira hegemônica nos seus três compartilhamentos? Não teve.
Há um aspecto positivo. Ao contrário dos dirigentes ufanistas de plantão, Umberto Louzer demonstra uma serenidade poucas vezes vistas no mundo da bola.
Não disfarça. Não coloca os problemas para debaixo do tapete. Cobra os jogadores, admite os problemas de escalação e de opções de elenco e indiretamente (ou diretamente) admite a necessidade de melhoras.
Existe muito campeonato pela frente. São 31 rodadas e seria loucura descartar uma reviravolta, seja positiva ou negativa, de qualquer um dos 20 concorrentes. Ou seja, o Guarani não pode – e nem deve – descartar a luta pelo acesso. Só precisa arregaçar as mangas. Antes que seja tarde demais.
(análise feita por Elias Aredes Junior)