Louzer fica, Doriva sai: os cenários de Guarani e Ponte se transformam após um mês

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Quando o gaúcho Leandro Pedro Vuaden encerrou o dérbi 191, na noite de 05 de maio, o lado alvinegro explodia de alegria. Eufóricos, os pontepretanos comemoravam a vitória por 3 a 2, de virada, em cima do maior rival, em pleno Brinco de Ouro da Princesa, depois de grande atuação coletiva e da estrela de André Luís, autor de dois gols.

Os bugrinos, por outro lado, ficaram na miúda. Apesar do abatimento, cobrança mais intensamente a diretoria por melhores resultados, exigiram reforços e pediram a saída imediata de Marcílio da lateral-esquerdo. Um mês depois de outro histórico capítulo do clássico mais tradicional do interior do país, o Só Dérbi recorda os principais acontecimentos nos dois times de Campinas no período.

GUARANI

O rendimento abaixo do esperado transformou expectativa em pressão. O técnico Umberto Louzer ficou com a corda no pescoço após tropeço em casa e chegou a afirmar que vivia ‘o pior dia de sua vida’. Mesmo assim, foi mantido pelos diretores, mas tinha consciência da obrigação de vencer o Criciúma, primeiro compromisso pós-dérbi.

De lá para cá, o Bugre disputou quatro partidas – duas vitórias, um empate e uma derrota -, deixou a zona de rebaixamento e subiu à 11ª colocação com dez pontos.

Em campo, houve algumas mudanças importantes. Marcílio, contestado desde janeiro, perdeu espaço para Pará, cedido pelo Cruzeiro, na lateral-esquerda. Titular pela última vez naquela oportunidade, o atacante Erik, destaque na Série A2 do Campeonato Paulista, perdeu a posição, enquanto Rafael Longuine, vindo do Santos, tomou conta do meio-campo.

No ataque, nova substituição: Bruno Mendes ainda não conseguiu retomar o bom futebol do primeiro trimestre, depois de lesão muscular, e Anselmo Ramon tem sido escalado, graças ao dois gols marcados em cinco jogos.

Quem está fora – e tem prazo incerto para retorno – é Bruno Nazário. O camisa 11 tem contusão na coxa e o prazo de recuperação é de até quatro semanas. Como o problema aconteceu em 18 de maio, no empate com o Goiás, restam, na teoria, cerca de 15 dias. O contrato de empréstimo do meio-campista junto ao Hoffenheim (ALE) termina em 30 de junho, o que coloca em risco sua despedida oficial dentro dos gramados.

O goleiro Georgemy, com passagem pela Seleção Brasileira Sub-20, também chegou para compor o elenco.

PONTE PRETA

O resultado positivo no dérbi significou mudança de rota da Macaca. Depois do clássico, o time de Moisés Lucarelli ainda não sabe o que é vencer: três empates, duas derrotas e eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil. Como consequência, o técnico Doriva, elogiado pelo esquema tático implantando no clássico, foi demitido em virtude das más apresentações, da sequência negativa e da aproximação com o Z4 – 16º lugar com oito pontos.

O trabalho da diretoria no mercado, no entanto, não surte efeito. Desde então, a Ponte Preta não oficializou nenhuma outra contratação – o lateral-direito Ruan rompeu contrato com o Internacional e está próximo de ser anunciado. A busca por um camisa 10 ainda segue.

Nas quatro linhas, os desfalques não deram trégua. Seja com Doriva ou João Brigatti, perdas por lesões e suspensões tornaram-se constantes. Orinho, com problema muscular, ficou em tratamento neste período, ao passo que o atacante Felippe Cardoso está no estaleiro por pubalgia e André Luís está vetado por pisão no pé.

MOMENTO DE RECUPERAÇÃO?

Na parte debaixo da tabela da Série B do Campeonato Brasileiro, os clubes campineiros voltam a campo nesta terça-feira. O Bugre visita o CSA, vice-líder, no Estádio Rei Pelé, em Maceió, às 20h30, enquanto a Ponte Preta recebe o Goiás, integrante da zona da degola, no Majestoso, às 21h30, novamente com portões fechados.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Guarani Press)