Após a vitória sobre o Equador e a boa estreia no comando da Seleção Brasileira, o técnico Tite respira aliviado. Tem tempo para implantar o seu trabalho e colocar em prática aquilo que viu e ouviu nos clubes em que jogou e atuou como treinador.
Engana-se que apenas o Corinthians aproveita-se e desfruta da identificação. Chateado por tantos resultados negativos nos gramados nos últimos e com a cabeça nas quartas de final da Série C, o torcedor do Guarani pode celebrar o fato de contar com um profissional identificado com a camisa alviverde.
Sim, Tite está interligado com a história do Guarani. Como jogador, Tite permaneceu de 1978 a 1984 no Caxias, mas o seu auge profissional foi como integrante do elenco bugrino, de 1986 a 1989, quando as contusões começaram a lhe perseguir.
E não digo como chute. Por diversas vezes, o treinador demonstrou o seu amor e afeição pelo Guarani. Exemplo disso aconteceu no ano passado, quando no dia anterior ao jogo contra a Ponte Preta, realizado no dia 04 de outubro e que terminou empatado por 2 a 2, o técnico então no Corinthians não teve dúvidas em afirmar: “Tenho origens bugrinas. Sou Guarani. Então, é mais (vontade de vencer) ainda”, afirmou Tite na ocasião. Em dezembro, ao participar do programa de televisão “Os Donos da Bola”, Tite relembrou um gol anotado contra o Vasco da Gama, em São Januário e que fará 30 anos na próxima quarta-feira. “Eu penso como atleta. Eu sonho que estou dentro do campo. E não imaginava que pudesse jogar futebol. Teve um cruzamento e fiz o gol”, disse o técnico.
Envolvido em brigas políticas interminavéis, o Guarani pelo menos não esqueceu de quem sempre exalta seu nome. No dia 24 de março de 2013, antes do duelo do Alviverde contra o Corinthians, o então treinador corinthiano ganhou uma camisa com seu nome nas costas.
Agora, na Seleção Brasileira, Tite mesmo que indiretamente, é um representante do Guarani no escrete canarinho.
(artigo escrito por Elias Aredes Junior)