Não sabemos quem será o próximo técnico do Guarani. Eduardo Baptista foi procurado, cogitado nos bastidores e na sequência descartado pelo presidente Palmeron Mendes Filho em entrevista à Rádio Bandeirantes de Campinas. Outros nomes estão na lista: Thiago Larghi, Guto Ferreira, Jorginho, Milton Cruz e Osmar Loss. Quem for contratado pode encontrar-se fora da listagem. Um fato é claro: o Alviverde quer subir de patamar.
Os profissionais citados ganham acima de R$ 100 mil, fora o gasto com a comissão técnica própria. Queiramos ou não, já ocorreu sofrimento para quitar os compromissos desse ano, com uma folha de R$ 950 mil mensais para custear o futebol e o clube e com um técnico – Umberto Louzer- que está longe de figurar no panteão dos milionários da prancheta. Fica a pergunta: quem vai pagar a conta?
Se o dedo apontar para Roberto Graziano, chegaremos a conclusão de que o processo de escolha da terceirização é mera formalidade. Elenko e Traffic não tem chance alguma. Sim, porque está público e notório que os integrantes do Conselho de Administração estão em contato com o empresário e com os concorrentes não, ou tudo é feito de modo frio e protocolar. Não seria leviano de dizer que o processo está direcionado, mas que os gestos conduzem a uma preferência, disso não há duvida.
Mais: se vai subir o patamar salarial da comissão técnica, os jogadores terão igual destino. Repetimos a pergunta: quem pagará a conta? Não podemos ignorar que além do futebol, Graziano tem a obrigação de viabilizar a construção de um novo Centro de Treinamento e sede social, conforme sentença emitida pela Justiça do Trabalho. Vai investir tanto dinheiro?
Com a antecipação da cota do Campeonato Paulista, caso não ocorra nenhum bloqueio em virtude de ações cíveis, o Guarani terá R$ 3,2 milhões a disposição. Digamos que Graziano e o pool formado por Traffic e Elenko desistam do investimento. Isso será suficiente? Não, não será.
Com uma dona de casa insegura e temerária, o Guarani está saindo ás compras sem contar com o dinheiro na conta corrente. Detalhe: sem cheque especial. Isso não pode acabar bem.
(análise feita por Elias Aredes Junior)