O empate foi suficiente para o Avaí chegar a primeira divisão do Campeonato Brasileiro e frustrou a expectativa do torcedor pontepretano, que demonstrava orgulho pela postura dos atletas e do técnico Gilson Kleina na reta final da competição. A verdade deve ser dita sob qualquer conjuntura e dessa vez não será diferente.
As duas equipes fizeram uma partida de baixo nível técnico. Faltou inspiração. Os lances de perigo surgiram muito mais dos erros das defesas do que por mérito dos atacantes. Getúlio e Renato, tidos como esperança de gols da equipe catarinense falharam na missão, assim como Matheus Vargas, Junior Santos e André Luiz.
A vaga do Avaí teve o dedo e a experiência do técnico Geninho. Simples: ao perceber o rendimento fraco de sua equipe no ataque, ele tratou de recuar no segundo tempo e permitir que a Macaca tomasse a iniciativa de jogo. Prova disso é a postura de Guga, que no segundo tempo ficou mais preocupado em cercar Danilo Barcelos.
Qual foi o erro da Ponte Preta? Gilson Kleina é um técnico esperto e matreiro e trabalhou com afinco durante a semana, mas o fato é que no gramado não apareceu nenhuma jogada ensaiada ou cruzamento para explorar debilidades do oponente. O toque de bola no meio-campo foi inexistente e a ausência de inspiração foi alto clara e cristalina.
Marquinhos Silva ganhou todas pelo alto e defensivamente o meio-campo anfitrião não ficou preocupado um minuto sequer. A bola queimava nos pés dos jogadores da alvinegra e as entradas de Roberto e Victor Rangel não surtiram o efeito esperado.
A história vista no sábado foi aquilo que martelamos a temporada toda: um elenco montado sem qualquer variação e qualidade. Gilson Kleina fez além do possível e não merece críticas e sim parabéns na contagem geral da campanha, apesar de sua estratégia não ter surtido efeito na decisão. Que em 2019, a Ponte Preta tenha a cara da sua torcida, de sua história e também ofereça opções ao treinador. Ninguém merece esperar por milagre as 38 rodadas.
(análise feita por Elias Aredes Junior)