Em jogo calcado pela força física e gramado pesado, a Ponte Preta não saiu de um empate sem gols contra o Novorizontino, em jogo realizado neste sábado, no estádio Jorge Ismael de Biasi e válido pelo Campeonato. O próximo desafio será domingo, contra o Ituano, no Majestoso.
Chuva forte prejudicou o começo do confronto em Novo Horizonte. Jorginho fez alterações para dar consistência no meio-campo, especialmente a entrada de Tiago Real. Com o gramado pesado, o expediente adotado foi a da ligação direta para encontrar Thales em boas condições enquanto que o oponente buscava os chutes de média e longa distância, especialmente porque o estado do gramado prejudicava o controle de bola e a apresentação de jogadores como Pedro Carmona e Felipe Marques.
Independente do estado do piso, dois problemas saltavam aos olhos. O primeiro é o distanciamento entre os setores. Não há compactação na Macaca, o que facilita a produção de rebotes até com certa facilidade. O segundo entrave nem é culpa da comissão técnica. Sim, porque se escalam o lento Gerson Magrão para fazer dobradinha com Diego Renan é porque realmente não há opção de desafogo. Traduzindo: falha na montagem do elenco.
Tanto que percebia-se nitidamente o desgaste da equipe o que proporcionou uma pressão do time da casa nos minutos finais do primeiro tempo.
A chuva cessou no segundo tempo e o gramado pesado dificultava a execução das jogadas de velocidade. Tanto que Cléo Silva era facilmente dominado ora por Diego Renan ou em outras pelo beque Reginaldo.
A lama prevalecia e Thalles voltava para arrancar no rumo do gol e por vezes oferecia cruzamentos preciosos, como um desperdiçado por Matheus Vargas. Hugo Cabral utilizava o mesmo expediente que o companheiro de ataque e na pior das hipóteses retinha o controle da bola.
O gol feito por Edson e anulado pela arbitragem deixou um gosto amargo no torcedor pontepretano. Impedimento que não existiu.
O quadro poderia ficar pior porque após a entrada de Elvinho os donos da casa ganharam velocidade e as chances eram criadas de modo quase sequencial.
O empate sem gols e a variedade demonstrada pelo Novorizontino na reta final do jogo são provas cabais que na parte ofensiva Jorginho terá muito para fazer.
FICHA DO JOGO
NOVORIZONTINO
Vagner; Matheus Sales (Paulinho Moccelin), Everton Sena, Edson Silva e Paulinho;
Jean Patrick, Adilson Goiano e Pedro Carmona; Cléo Silva, Murilo Henrique (Carlinhos) e Felipe Marques (Elvinho). Técnico: Roberto Fonseca.
PONTE PRETA
Ivan; Luis Ricardo, Reginaldo, Renan Fonseca e Diego Renan; Edson, Tiago Real (Marlyson), Gerson Magrão e Matheus Vargas(Nathan); Thalles e Hugo Cabral.
Técnico: Jorginho.
Renda:
Público:
Cartões Amarelos: Edson, Tiago Real
Juiz: Ilbert Estevam da Silva
Local: Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte