Fabricio entra com ação trabalhista. A quem interessa que o caos reine no Guarani?

2
1.713 views

O Globo Esporte.com divulga noticia de que o zagueiro Fabricio entrou com ação para requisitar R$ 77 mil do Guarani. Salários e benefícios trabalhistas estão no pacote. Fato para envergonhar o torcedor bugrino. Acreditava no fim da fila de ações após a assinatura do acordo com Roberto Graziano e na cessão do estádio Brinco de Ouro e de seu complexo e a consequente quitação de centenas de ações trabalhistas.

Está na hora de deixar a hipocrisia de lado. Falar a verdade em cores vivas. A cada ação trabalhista ou condenação direcionada ao Alviverde, é inegável o rasgo de felicidade constatado, mesmo que inconsciente, dos atuais detentores das propostas de terceirização do futebol profissional do clube.

Desenhar o cenário do caos é um presente dado aos céus para a Elenko, Traffic e especialmente para Roberto Graziano, que tem a proposta do agrado do Conselho de Administração,  conceito já difundido nos bastidores.

O raciocínio é banal, mas lógico. Se o Guarani estivesse em quadro financeiro estável, ele teria poder de barganha não só para negociar um acordo melhor como para administrar o tempo para definir o compromisso. A aparição das ações trabalhistas de Fabricio, Guilherme e Pará reforçam a imagem de caos, de fragilidade financeira e de que o clube deve se submeter a qualquer acordo para sobreviver e tocar sua vida.

Tem solução? Sei que é duro, mas o torcedor bugrino terá que entender. As ações trabalhistas demonstram que o Guarani não tinha condição de pagar o que combinar. Ou, na melhor das hipóteses, quitar com enorme dose de sacrifício. Caso a Assembleia de Sócios rejeite as duas propostas (que não há para se descartar), o time para a Série B terá que ser um pouco mais modesto. E se escolher uma das duas? Que fique consciente que as contas até ficarão em dia, mas a soberania sobre a atividade fim terá ido pelo ralo. Viver é escolher. Sempre.

(Análise feita por Elias Aredes Junior)