Tem um aspecto intrigante em toda essa história da Ponte Preta e que envolve a Arena. Jonas Donizete recebeu Sérgio Carnielli. E que este fez um pedido. Foi atendido. A diretoria executiva da Macaca afirma que o ex-dirigente não tem legitimidade para representar o clube. É presidente de honra.
Por que? Porque foi a maneira que o Conselho Deliberativo encontrou na época para tirá-lo de um quadro constrangedor em relação ao seu afastamento na Justiça. Mesmo assim, ele influencia. Muito. E detona uma pergunta: para que serve o atual presidente José Armando Abdalla Junior?
Os apoiadores de Carnielli dizem que ele cometeu uma traição política. Foi guindado ao cargo com apoio do dirigente de honra e lhe virou as costas.
Fato é que ele é o presidente da diretoria executiva da Ponte Preta.
O que vemos na atualidade? O presidente do Conselho Deliberativo, Tagino Alves dos Santos e o vice-presidente, Pedro Maciel Neto acompanham Sérgio Carnielli na reunião com o prefeito. Fingem que Abdalla não existe.
Algum desavisado pode dizer: “Ah, mas o Tiãozinho estava lá”. Balela. Se todos proclamam que vice-presidente é um cargo de expectativa então sua presença não tinha peso no local. E vou além: tiraram fotos com o prefeito sem constrangimento algum. Convenhamos: trucidaram Abdalla em praça pública.
Carnielli, Tagino, Maciel e outros podem até não gostar de Abdalla. Tem todo o direito de criticá-lo. Mas ele é o presidente do clube. Representa a Ponte Preta.
É dessa maneira que as pessoas demonstram amor pelo clube: humilham em praça pública aquele que é o representante máximo de sua paixão.
Abdalla faz gestão ruim, péssima, decepcionante. Escolha a nomenclatura que desejar. Mas mereceria respeito de quem já sentou na cadeira de presidente e quem tem a função de zelar pelo estatuto do clube.
(Elias Aredes Junior)