Ser o melhor implica em responsabilidades. E armadilhas. O Guarani parece estar imune a todas. Todo cuidado é pouco. Agora, a cilada vem da cidade de Arapiraca, por parte do técnico do ASA, Paulo Foiani. Em entrevista coletiva, além de despistar sobre a escalação que entrará em campo no próximo sábado, a partir das 19 horas, o comandante alagoano assumiu o papel de franco atirador.
Observe sua declaração: “O Guarani é o favorito. Foi a equipe que mais pontuou das duas chaves, conquistou 11 vitórias, perderam somente dois jogos, então é uma equipe qualificada e muito bem treinada, mas eu acredito no potencial da nossa equipe, acredito no apoio do torcedor e vejo que não chegamos aqui por acaso. São 180 minutos e nada se define no jogo aqui, nós sabemos que começa com 90 minutos e depois mais 90 lá no Brinco de Ouro”, disse.
Se por um lado é o reconhecimento do potencial do Alviverde, por outro pode ser o combustível para um ingrediente que deve ser afastado da receita para o acesso: prepotência. Pelo dicionário, o significado de prepotência é um sentimento falso de superioridade, ou de auto afirmação, da pessoa (ou de um grupo) se achar superior as demais. É o passo anterior a queda…
O Guarani, ao entrar deve encarnar uma equipe que sabe do seu potencial técnico sim, mas que precisa se entregar de corpo e alma no gramado para conseguir o acesso. Que necessita estar atento aos detalhes para superar um adversário cujo retrospecto em casa é de três pontos e seis empates e que somou 11 pontos na condição de visitante.
A ordem no Brinco de Ouro é jamais entrar no discurso do técnico do ASA. É uma bela casca de banana para escorregar em um trajeto com perspectiva de final feliz.
(análise feita por Elias Aredes Junior)