Quem são os responsáveis pelo fracasso da zaga da Ponte Preta no Brasileirão?

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Faça uma recapitulação. Chapecó. Dois erros de Douglas Grolli e dois gols dos anfitriões. Vem o confronto na Arena da Baixada e Fábio Ferreira comete um deslize e o pênalti abre caminho para a derrota por 3 a 0. Neste sábado, o pesadelo voltou. Antonio Carlos e Fábio Ferreira foram incapazes de bloquear os avanços do Atlético Mineiro e isto foi fatal. A derrota por 2 a 1 ainda traz uma amargura no torcedor pontepretano.

Antonio Carlos, Fábio Ferreira, Douglas Grolli, Kadu e Tiago Alves. Este quinteto representa a maior derrota da Ponte Preta na temporada. Com vários sócios.

Um dos acionistas desta “empresa” é sim o técnico Eduardo Baptista. Capaz, estudioso, antenado com as tendências do futebol moderno, o comandante da Alvinegra foi incapaz de armar um esquema tático e um trabalho que pudesse evoluir os seus atletas.

Um posicionamento que minimizasse as deficiências da zaga e de seus componentes. Com 43 gols sofridos e 76 cartões amarelos recebidos é impossível apontar o sistema defensivo pontepretano como um “case de sucesso”. Para o torcedor da Macaca ter uma noção, basta expor o desempenho do Atlético-PR. Tem 42 pontos, 25 gols sofridos e está no mesmo patamar do Palmeiras, atual líder. Os seus zagueiros titulares? Paulo André e Thiago Heleno. Convenhamos: não são beques com padrão de Copa do Mundo. Ou seja, Paulo Autuori tem dedo no desempenho defensivo. Faltou tal predicado ao técnico Eduardo Baptista na Macaca.

O fracasso da defesa  pode ser creditada ao gerente de futebol, Gustavo Bueno e a Cristiano Nunes. São competentes? Nem precisa responder. Com 39 pontos e longe da zona do rebaixamento, não há dúvida sobre o trabalho conduzido. No entanto, é impressionante que o mesmo dirigente responsável por trazer o excelente Pablo e jogadores como Felipe Azevedo e Thiago Galhardo não tenha  arregimentado um beque confiável. Azar? Incompetência? Sinceramente não tenho a resposta. Mas a dupla precisa administrar a carga pelo fracasso dos zagueiros no Brasileirão.

O terceiro participante da debacle são os condutores pelas categorias de base da Macaca. Nem preciso esticar minha explicação. Como não conseguem revelar um único zagueiro capaz de integrar o time principal em boas condições. Você pode alegar em defesa dos dirigentes o diploma de formador concedido pela CBF. Ok, parabéns. Mas do que adianta uma veterinária colocar o diploma na parede se não exerce a profissão? Pode-se aplicar idêntico conceito ao time pontepretano.

Em resumo: você, torcedor da Macaca tem motivos de sobra para encontrar-se inconformado pelo rendimento decepcionante da zaga. Saiba: nada acontece por acaso. Infelizmente.

(análise feita por Elias Aredes Junior)