Torcida do Guarani na decisão da Série C: o 12º jogador precisa virar camisa 10

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O Guarani está em desvantagem nas quartas de final da Série C. Perdeu de 3 a 1 e precisa de uma vitória por 2 a 0 para jogar a Série B em 2017. Se tomar um gol do ASA, a obrigação será de marcar quatro gols. Missão dura. Difícil. Cheguei a conclusão que o acesso passará pelo clima a ser formado pelo torcedor nas arquibancadas do estádio Brinco de Ouro no próximo sábado, a partir das 118h30. O 12º jogador precisa ocupar a camisa 10.

A explicação é simples. Singela. Os jogadores bugrinos, por mais que estejam recebendo os seus salários em dia e façam mil promessas de raça e dedicação não tem  compromisso profundo com o clube. Nenhum. Terminado o campeonato, com acesso garantido ou não, 80% deles vão arrumar as malas, rescindir os seus contratos e buscar um outro local de trabalho.

Querem mais? Se conseguir o acesso, o técnico Marcelo Chamusca terá a presença assegurada na Série A-2 de 2017. Caso contrário, você tem alguma dúvida de que ele continuará sua carreira? Na pior das hipóteses, um novo clube da Série C lhe abrirá as portas devido a sua boa performance na fase eliminatória.

No final das contas, quem vai pagar a conta é o torcedor bugrino. É ele que tem noção do lugar do Guarani na história do futebol brasileiro e o que precisa ser feito para ser recolocado no lugar. É o torcedor que tem conhecimento dos desmandos e problemas gerados por dirigentes inconsequentes nos últimos 16 anos. Só ele sabe a humilhação gerada pelos rebaixamentos vividos no Século 21. Por mais que os jogadores estejam sintonizados com as arquibancadas, a noção plena do estado vivido pelo Guarani só é sentido pelo torcedor.

Se o acesso for obtido, este abnegado terá total razão em comemorar e voltar a frequentar o clube na Série B. Caso contrário, ele também acompanhará novamente com amor em uma nova epopéia na Série C.

Ou seja, o torcedor do Guarani sabe e conhece o tamanho do seu sofrimento. E a extensão do bálsamo que precisa. Vai empurrar e criar o clima necessário para que as limitações sejam superadas e o ASA vire um breve pesadelo do passado.

Que os dirigentes, jogadores e integrantes da comissão técnica entendam: com a torcida será difícil. Sem ela, será  impossível. Deixem a camisa 10 para quem entende e sente o Guarani de verdade.

(análise feita por Elias Aredes Junior)