Quando a fase é favorável, até aquilo que é adotado como improviso é vendido como solução genial. Veja o caso do lateral Cristóvam. Na entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira, o lateral comemorou a parceria com o Pablo, transformado em atacante de beirada pelo lado direito e com funções defensivas.
Os elogios foram rasgados. “Eu falo que é união. Se não tivesse a união, o respeito dele, o respeito meu, acho que nada daria certo. É muita humildade, somos das mesmas posições, era para a gente estar disputando, mas a gente quer ver o bem um do outro, então essa é a receita, união. Muito carinho, a gente tem dado um ao outro, e as coisas têm dado certo. Eu fico feliz pelo momento dele”.
Cristóvam só esqueceu de um detalhe: quando foi contratado, a expectativa é que desse conta sozinho da marcação pelo lado direito e ainda fosse a frente. Afinal, participou do acesso do Paraná em 2017. E que fosse até um substituto para Pablo, com boa capacidade de levar a bola para a linha de fundo, mas sem a desenvoltura defensiva necessária. Derrotas e tropeços foram gerados por aquele setor e ocorreu quando ele era titular absoluto e sem Pablo como sombra.
A solução atual é o remendo que deu certo. A marcação duplicada proporcionou segurança e estabilidade para que Walber tivesse tempo para recuperar o seu rendimento. Todos ganharam: Cristóvam porque só tem que se preocupar em marcar no campo defensivo; Pablo porque foca muito mais no avanço ofensivo e sabe que precisa auxiliar na marcação, mas não é a sua tarefa principal; e o Guarani que agora encontra-se balanceado ofensivamente com Bidu dando as cartas na esquerda e Lucas Crispim e Pablo com incursões pela direita.
Boa notícia. Mas que foi um solução encontrada na base da afobação, ah, isso foi.
(Elias Aredes Junior)