Ponte Preta e a busca pelo bilhete premiado no mundo da bola

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Tenho amigos fãs de jogos lotéricos. Todas as semanas batem ponto e apostam nos números capazes de abrir a porta do paraíso. Alguns são metódicos e apostam sempre nos mesmos. Não querem mudar. Acreditam de que um dia a sorte vai sorrir. O destino será diferente. Nesta obsessão de buscar o olimpo de vez em quando aparece um prêmio de quadra, quina e a sena fica por um triz. Dá um trocado legal, mas longe de estampar o sorriso no peito.

Esses amigos lembram a diretoria da Ponte Preta. Honestos, bem intencionados, focados em melhor para o clube e prisioneiros do  método de planejamento. Detalhe: tal cenário independe de quem ocupa a diretoria de futebol. A fórmula é fácil: contrata-se de 15 a 20 jogadores por temporada e uma estrela da companhia para conduzir a tropa. Pode ser Borges, Roger, William Batoré, Marcinho…Fica a seu critério.

O gabinete de maneira acertada banca a contratação de um técnico estudioso. A partir daí, a torcida é para que tudo dê certo e que o acaso apareça. Em algumas oportunidades, a quinta aparece, seja pela chegada a final de um campeonato paulista ou Sul-Americana.

Terno?Quadra? A revelação de jogadores como Cicinho, Pablo, Renato Chaves, Renato Chaves, Elias, entre outros. Ou seja, dão uma felicidade instantânea mas jamais o sentimento perene de uma conquista.

Dinheiro é pouco? As cotas são insuficientes? Concordo. Que então realize um trabalho de médio e longo prazo, sem ligar para reclamações ou chiadeiras das arquibancadas. A Chapecoense, apesar do risco de cair fora da final da Sul-Americana, conseguiu avançar com um trabalho sem grandes estrelas. Ou Cleber Santana, Thiego, Neto e Kempes são atletas de primeira grandeza? Nada disso. São atletas com boa rodagem no futebol, com conquistas no currículo e salários dentro da realidade de um clube de médio ou pequeno porte. Uma alternativa saudável para buscar resultados de médio e longo prazo.

Bem, então seria o caso de 2017 marcar uma inflexão na política pontepretana? Nem tanto. Até o momento, a Macaca anunciou o volante Jadson, atualmente no Santa Cruz e Erik, do Bragantino. Reforços? Mais apostas. Novos números na loteria da bola adquiridos em busca da “sena” redentora. Que a torcida tenha uma nova dose de paciência. Torça para o acaso acontecer.

(análise feita por Elias Aredes Junior)