Thales falou o óbvio e gerou repercussão. E esquecemos do enfoque principal. Até quando?

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Gerou um burburinho nesta semana a defesa que o zagueiro Thales fez do trabalho do técnico Daniel Paulista. Diga-se: uma análise consciente de quem sabe qual seria o modelo de futebol ideal. “Também não dá para ir do céu ao inferno. Quando a gente ganha e ele mexe, um jogador entra e resolve, como já aconteceu, eu pelo menos nunca vi nenhum repórter perguntar para ele “você mexeu muito bem, o que tem para falar?”. Ele mexe com convicção e pronto”, afirmou.

Ok, você pode reclamar de que o tom poderia ser mais cavalheiro. Ou deveria compreender que o jornalismo passa por uma postura critica em relação as suas fontes e entrevistados. Mas Thales colocou pontos importantes em discussão, como a dinâmica do jogo, a imprevisibilidade daquilo que acontece no gramado e como o treinador não tem o domínio de todas as variáveis.

Além disso, não há como pedir postura diferente para Thales. Ou alguém queria que ele chegasse e afirmasse em alto e bom som que o técnico era incompetente e que as criticas são justas? Só doido pensaria assim.

Nem Thales ou qualquer outro jogador vão dizer o óbvio: que Daniel Paulista encontra-se no começo de carreira e que vai errar e acertar. E que o amadurecimento e o aprimoramento do seu trabalho só acontece diante destes obstáculos que surgem no horizonte.

E que a defesa de Thales demonstra por A mais B que o treinador tem o grupo nas mãos. Não poderia existir notícia melhor para o Guarani.

(Elias Aredes Junior)