São 16 vitórias, 11 empates e nove derrotas no comando do Guarani. Altos e baixos. Em alguns momentos precisou conviver com a cabeça a prêmio. Em outros a perspectiva de viver no céu. Daniel Paulista está a 180 minutos de entrar definitivamente para a história do clube. Se tudo der errado, considero que o seu trabalho já deve ser respeitado.
Primeiro pelo ambiente de trabalho construído. As informações que eu tenho são as melhores possíveis. O relacionamento do técnico com dirigentes e jogadores é harmoniosa. Jamais esquecer que anteriormente alguns treinadores saíram da agremiação com reclamações em relação ao modo de conduta de alguns cartolas.
Não podemos esquecer a capacidade de gestão de Daniel Paulista. Não existe jogador em má fase. Em um momento ou outro da competição, sempre existia algum jogador com desconfiança da torcida. Ele protegia, insistia e dava oportunidade assim que aparecesse.
Hoje atletas como Rafael Martins, Lucão do Break, índio e até o lateral Pablo estão recuperados e gozam de prestígio junto ás arquibancadas. Coloque na conta do técnico, que soube esperar o momento e criar as condições para esses atletas atuarem em potência total.
Para terminar, algo deve ser ressaltado: Daniel Paulista respeitou a história do clube, o seu DNA. Se fizermos uma análise das 36 rodadas, poucos foram os jogos em que o Guarani jogou atrás. Sempre buscou a vitória e atuou de modo ofensivo. Correu riscos? Muitos. Mas também é verdade que nas vezes que recuou o time e o treinador pagaram o preço.
E se tudo der errado? E se o Guarani ficar no meio do caminho e deixar escapar o acesso? Isso não pode apagar um trabalho feito com honestidade, dedicação e com respeito a trajetória de um clube centenário. Daniel Paulista merece reverência.
(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)