Pare para pensar. Bidu surgiu nas categorias de base do Guarani. Foi investido tempo e dinheiro na sua formação. Profissionais gastaram tempo e paciência para construir um jogador versátil e habilidoso. Primeiro como meia e depois como lateral.
Depois, já no futebol profissional, a diretoria precisou engolir seco e administrar alguns atos impensáveis do jogador, como a agressão ao volante Rodrigo Andrade no confronto contra o Novorizontino, válido pelo Paulistão do ano passado. Apesar das broncas, desculpas públicas, o procedimento foi a de salvar um jogador que era a tradução do investimento.
Chega a Série B do Campeonato Brasileiro e Bidu tem atuações exuberantes. Conduz o time as vitórias e viabiliza uma valorização de mercado.
Pare. Pense. Se tenho um jogador nestas condições e com tais características, qual a decisão correta?
Ora, vou investir tempo e energia em dois caminhos: ou vou prorrogar o contrato deste jogador para aumentar a multa rescisória e no futuro arrecadar a maior quantia possível ou eu vendo o jogador em curtissimo prazo para arrecadar dinheiro de modo mais rápido e incrementar o orçamento do Departamento de Futebol Profissional.
O que fez o Guarani? Nem uma coisa e nem outra. Emprestou o jogador, de acordo com informações do jornalista Lucas Rossafa de maneira gratuita e a um concorrente direto da segundona nacional. Não arrecadou nada em curto prazo e reforçou um rival.
Eu não queria concordar ou discordar da negociação. Eu só quero entender.
(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan-Guarani Futebol Clube)