Análise Especial: o que esperar do técnico bugrino Mozart no dérbi 204

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Mozart tem uma gestão em construção. Sabe que o Guarani vai em condição inferior no aspecto tático, técnico e até emocional para o derbi 204. Há três semanas, o prognóstico seria sombrio. Derrota na certa.

Empate com o Criciuma, vitória contra o Náutico e o pacotão de reforços viabilizados por Rodrigo Pastana deram um novo ânimo . Mas o que a comissão técnica poderá fazer para surpreender no dérbi 204?

Primeiro é preciso delimitar o alicerce.

Se quiser construir uma possibilidade concreta de vitória contra a Ponte Preta, o Guarani não pode ignorar os preceitos colocados nos jogos contra o Cruzeiro e CRB e que reapareceram nos dois ultimos jogos: proximidade e compactação.

Ou seja, a troca de passes em distância curta, sem pressa para definir a jogada e focado em tirar a velocidade e o volume do jogo do oponente. Isto precisa vir acompanhado de um reforço na proteção à zaga. Sim, eu sei que você, torcedor bugrino, torce o nariz para Leandro Vilela. Entretanto, ele cumpre um papel importante, de colocar-se como terceiro zagueiro e assim proteger mais os zagueiros.

Pense que o oponente tem Elvis, Lucca e uma bola parada venenosa e o cuidado está justificado.

O que vai fazer para atacar?

Dois cenários montados.

Giovanni Augusto vai jogar. Resta saber como. Se ficar como um “falso 9”, uma alternativa pode ser a colocar Isaque próximo ao camisa 10 e com isso entabularem tabelas nas imediações da área. Outro cenário seria Giovanni Augusto no meio-campo, ao lado de Isaque.

Nesse caso, Mozart tem duas saídas: ou a escalação de Bruno Miranda e Bruno José como atacantes de velocidade em cima dos laterais pontepretanos; ou a escalação de Yuri ou Nicolas Careca para criar uma jogada aerea ou em ultimo caso para atrapalhar a saída de bola dos zagueiros pontepretanos.

Defeitos do Guarani? Basicamente a queda de rendimento físico no segundo tempo e o péssimo aproveitamento na bola área defensiva. Se esse quesito não for consertado, é certo que a derrota fica mais próxima.

Não vou dizer que o Guarani é franco atirador. Seria loucura traçar este tipo de análise para um classico. Mas ele chega em condições um pouco inferiores ao eterno rival. Dá para dizer uma giria comum quando os recursos técnicos são escassos: é o que temos para o momento.

(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)