O torcedor pontepretano que lê este texto encontra-se em êxtase. Celebra com razão a vitória sobre o Guarani no Majestoso. Uma compensação pelo sofrimento ocorrido no dia 20 de outubro do ano passado, quando a derrota a poucas rodadas do final da Série B destruiu a moral de lutar pela permanência. Prejuízo causado ao adversário pela arbitragem? O futebol é selvagem. O que importa é vencer. Se o outro lado reclama, paciência. Bola para frente.
Com 15 pontos e bem próximo da classificação, a primeira vista a campanha da Macaca é perfeita. Sem defeitos. No aspecto defensivo não há reparo a fazer. Em oito jogos, quatro gols sofridos. Mérito para o técnico Alberto Valentim. Com paciência e esmero, soube construir um sólido setor.
Defeitos? A Ponte Preta ainda não desaprendeu a jogar sem armadores, capazes de tocar a bola. No segundo tempo do Dérbi, Danilo Barcelos quebrou um galho. Foi bem na liderança e condução das jogadas. Não há garantia de que sempre dará certo. Apostar eternamente na ligação direta pode abrir espaço para uma marcação mais facilitada para o oponente no futuro.
Sim, eu sei. Com velocistas como Jean Dias e Victor Andrade nem é preciso ser genial. Não penso no Paulistão. É avant premiere. A Ponte Preta precisa encontrar um caminho definitivo na parte ofensiva antes da Série C.
Com Elvis ou Serginho. Ou sem os dois. Sem variação de cardápio, o freguês chamado Série B-2026 vai embora. E ninguém quer passar fome de acesso.
(Elias Aredes Junior-com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)