Guarani, derrota no Dérbi e um futuro positivo pela frente, mesmo com pouco dinheiro

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Vamos começar do básico: o trabalho do técnico Mauricio Souza no Guarani é ótimo. De 0 a 10, dou nota 7,5. Ao receber um elenco jovem, viabilizado com poucos recursos, o treinador resgatou o DNA histórico do Alviverde. Ou seja, de jogar de modo ofensivo e envolvendo o adversário. Perdeu do Mirassol por um detalhe e a goleada diante do Palmeiras deve ser vista sob a perspectiva de encarar um oponente de maior poderio financeiro. Ponto.

No Dérbi 209, a entrada de Anderson Leite foi coerente do ponto de vista de valorizar o controle de bola e de certa forma “dosar” a volúpia dos garotos. Só contesto a retirada de João Victor, com bom desempenho contra o Água Santa. Poderia incomodar a defesa pontepretana. Preciso colocar um ponto: nós não assistimos treinamentos. Os critérios de Mauricio Souza são mais apurados do que de, nós, jornalistas e torcedores.

Considero que o ideal era que Mauricio Souza fizesse uma pequena flexão em seus conceitos a cada jogo. Digamos um posicionamento cauteloso em jogos longe de Campinas. Eu reconheço que na jogada que originou o primeiro gol pontepretano, o Guarani estava com a bola e a perda proporcionou o contra-ataque. Dinâmica de jogo. Normal. Seria até impensável imaginar o recuo dos zagueiros porque criaria uma lacuna entre os setores.

Mas não há como deixar de reconhecer que dá incômodo ao torcedor verificar que o Guarani tem dois zagueiros esforçados, dedicados, bem posicionados em campo, mas sem condições de alcançar os atacantes adversários em determinadas situações.

Jogar na retranca? Nada disso. A filosofia de Mauricio Souza é a correta e deve continuar. Só tomar os cuidados para evitar esses contra-ataques indigestos, que deverão ser rotina na Série C.

Conclusão: o time está pronto? Nada disso. Está em construção. Só que as perspectivas são muito melhores do que o planejamento realizado nos anos de 2022, 2023 e 2024. Vai lutar pelo acesso?Posso dizer que o futuro, no entanto, é positivo. Disso não tenho dúvida.

(Elias Aredes Junior com foto de Raphael Silvestre)