O próximo desafio de Vadão e do Guarani: encarar o adversário intímo

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O levantamento de jogos e confrontos restantes da Série A-2 exposta neste Só Dérbi mostra que a parada está longe de encontrar-se definida para o Guarani. A distância de um ponto para o Bragantino, o fato do Batatais contar com três jogos em seus domínios e os obstáculos inerentes a competição obrigam ao Alviverde tirar forças extras para não perder o capital repentino acumulado no gramado.

E dos quatro jogos restantes, dá para apostar que a Portuguesa será o desafio mais encardido. Nem tanto pela qualidade da equipe e sim por quem está do outro lado: Estevam Soares, técnico da lusa e que no início da carreira foi auxiliar técnico de Vadão.

Òbvio que ambos se conhecem e podem tirar proveito de tal conjuntura. No entanto, Vadão no fundo sabe que a preparação deverá ser diferente. Por anos e anos, Estevam viu o mestre comandar treinamentos de bola parada com suas respectivas combinações; observou os times de Vadão serem dotados de rotatividade e de inversões de jogo que pegavam o oponente desprevenido; constatou o poder de Vadão em utilizar a psicologia, o tato, o diálogo como trunfos para fortalecer e conseguir o impossível.

Ninguém é louco de imaginar uma anulação completa daquilo que foi feito atualmente. Mas não ficarei espantado se alguma pequena variação de jogada ensaiada ou até de mecânica de jogo for preparada. Se por um lado Estevam Soares sabe do poderio ofensivo arquitetado por intermédio de Bruno Nazário e Eliandro, por outro vai tatear no desconhecido em relação ao aproveitamento técnico e tático de Fumagalli ou dos volantes. Auremir e Evandro, talhados apenas para a marcação estão descobrindo novas aptidões. E cada descoberta realizada no dia a dia pode ser aplicada imediatamente com o frescor e a áurea de surpresa necessárias.

Talvez esta seja a palavra: surpresa. Se Vadão chegou e surpreendeu ao tirar leite de pedra, a cada rodada terá que espantar a plateia e os concorrentes. Não é fácil. Mas o que é tudo disso diante do passado escuro e sem horizonte? Pois é.

(análise feita por Elias Aredes Junior)