O Guarani será gigante ou coadjuvante na Série B?

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Nos últimos anos, ao participar da terceira divisão do futebol brasileiro e na Série A-2 do Campeonato Paulista, o Guarani  recebeu a alcunha de gigante das duas divisões. Tinha a obrigação de vencer e subir em virtude de sua história e de trajetória no futebol, especialmente porque era o único participante campeão brasileiro da elite. A indagação que surge no horizonte qual é o papel que cabe ao Alviverde nesta Série B do Brasileiro.

É difícil colocar o Guarani como protagonista diante de dois fatores. O primeiro é o poderio financeiro do Internacional, com R$ 60 milhões à disposição, e do Goiás, com R$ 35 milhões para montar um elenco. Em contrapartida, o alviverde tem à disposição uma cota bloqueada de R$ 4,1 milhões, dividas trabalhistas a serem quitadas e o retorno após quatro anos de ausência. Uma tarefa quase impossível exigir equiparação.

O Guarani  tem dificuldade em reivindicar protagonismo pela sua ausência na primeira divisão do Campeonato Paulista. Dos 20 participantes, apenas Guarani, Oeste e Boa Esporte não estão inseridos nos principais jogos do futebol brasileiro nos quatro primeiros meses do ano. Cravar um favoritismo destacado devido a realidades tão díspares vividas em relação aos concorrentes é até um acinte.

A qualidade do elenco é outro requisito para impedir de cravar o Guarani como candidato a gigante da divisão. As contratações estão boas se levarmos em conta o poderio financeiro do Guarani e aquilo que foi obtido por Nei Pandolfo e Oswaldo Alvarez, o Vadão. Exemplo clássico é Richarlyson. Em condições normais jamais vislumbraria o Guarani como sua casa. Está no vestiário do Brinco de Ouro. É algo para se comemorar. Muito. Assim como a chegada do zagueiro Ewerthon Páscoa.

Agora, o que dizer do Internacional com William Pottker e Marcelo Cirino, o Figueirense com Jorge Henrique? Pois é. A realidade por duas vezes dá as caras de maneira avassaladoura.

Como  o Guarani pode surpreender? Na experiência e carisma de Vadão, nos gols de Eliandro e Bruno Nazário e na força das arquibancadas. Ou seja, contar com a tradição e o imponderável. Por essas e outras que o futebol é saboroso.

(análise feita por Elias Aredes Junior)