O sucesso de Eliandro no Guarani e a voracidade do mercado da bola

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Ao entrar em campo nesta terça-feira para jogar contra o Boa Esporte e com presença de torcida, o Guarani depositará suas esperanças de gol sobre o centroavante Eliandro. Os números avalizam a aposta pois em 21 confrontos o atacante balançou as redes 11 vezes. Média satisfatória e que suscita duvidas sobre sua permanência no Brinco de Ouro.

Não podemos fugir da realidade. Eliandro é um jogador com características raras no futebol brasileiro. Forte, com 1,80 de altura e com chute potente, quando bem aproveitado é um terror para defesas oponentes. Especialmente no Brasil, com zagueiros lentos e previsíveis.

Errar gols faz parte do ofício do atacante e Eliandro não foge a característica. O que desejo enfocar é que infelizmente a presença do jogador corre o risco de ter prazo de validade. Um quadro já vivido pelo alviverde em 2011, quando Fernandão foi contratado junto ao Democrata de Governador Valadares, marcou cinco gols em 16 confrontos pela Série B e acabou repassado ao Atlético-PR, que posteriormente vendeu ao futebol do exterior.

Talvez a diferença seja que desta vez a comissão técnica bugrina esteja atente e procura cercar-se de todos os lados. A negociação com Ricardo Bueno faria parte da estratégia de contar com um plano B, caso a venda de Eliandro surgisse no horizonte. Com Rafael Silva, por enquanto a boia de salvação está pronta. Não dá para ignorar o cenário de saída de Eliandro diante da multa rescisória de US$ 1 milhão.

Caso a saída não aconteça, melhor. Até o último final de semana de novembro o Guuarani terá á sua disposição um atacante com força e capacidade para decidir jogos e sustentar a chama do acesso. Mas ficar de olho aberto e preparado para os imprevistos da bola é uma boa dica.

(análise feita por Elias Aredes Junior)