A notícia que o elenco da Série A2 seria base do time de Vadão na Série B deixou o torcedor bugrino preocupado e até revoltado. Após o fracasso no Campeonato Paulista, ninguém imaginava que o time assumiria a liderança no Brasileirão após 10 rodadas. O Bugre deixou para equipes mais ricas como Internacional, Goiás, Ceará e Figueirense pelo caminho e lidera a competição.
Com os resultados, a diretoria freou a busca por reforços e vai tratar qualquer tentativa de negócio com muita cautela. Basicamente a chegada de um jogador só será necessária se alguém deixar o elenco bugrino. O volante Evandro teve uma consulta do futebol turco e por isso Cristian, afastado há 100 dias no Corinthians, seria uma alternativa para o técnico Vadão. Mesmo com o time da capital responsável por pagar integralmente os salários do atleta, o negócio não deve ocorrer.
Vadão, por exemplo, havia pedido a contratação de dois zagueiros no início da competição. Os dirigentes reconheceram a fragilidade do setor e investiram em Ewerton Páscoa, ex-Náutico, que integrou o elenco do Guarani em 2012 na campanha do vice-campeonato no Paulistão. Mas, com iminentes saídas de Phelipe Maia e Alef, o Bugre ainda monitora alguns atletas. Domingos, ídolo da torcida, está de saída do Catar, e chegou a negociar com a diretoria na última semana, mas um acordo ainda está longe de acontecer e a comissão técnica não tem pressa.
A diretoria do Guarani, aliás, vem sendo criticada por parte dos conselheiros pela demora em se movimentar no mercado de transferências. Sem dinheiro para fazer grandes investimentos, o clube prioriza transações mais baratas. Além das contratações, a comissão técnica tem avaliado o elenco para desinchar a quantidade de jogadores. Só na última semana deixaram o clube Uederson, Dênis Neves e Edinho. Novos empréstimos ou saídas não são descartados.
Líder da Série B, o Guarani terá a semana livre para trabalhar antes da partida contra o ABC, sábado, fora de casa. A prioridade do presidente Palmeron, que assume definitivamente ainda nesta semana, será agilizar a regularização de Rafael Silva. O atacante tem contrato com o Hatta Club até sexta-feira, mas já abriu mão de receber pelos últimos dias para ter seu vínculo com o Bugre protocolado na CBF e ficar à disposição. A rescisão depende de um aval do Cruzeiro.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)