Agitação no Brinco de Ouro. Uma liminar suspende a eleição no Guarani. Se não for cassada, o processo começa do zero. A oposição diz que não teve seus pedidos julgados pela Assembleia de Sócios. O atual presidente, Horley Senna, ameaça entrar na justiça contra o oposicionista Odair Paes Junior.
Em seguida, no microfone da Rádio Central, realiza um monólogo. Típico de candidato. Que não é. Enfileira suas realizações, pagamento de dívidas, atos trabalhistas, parceria com Roberto Graziano. Ato contínuo, recebo uma mensagem do próprio Odair Paes Junior, sem medo em avisar; se tentar impugnar minha candidatura, vou melar a do Palmeron Mendes Filho.
Nos dias anteriores, as discussões giraram em torno de atos particulares de candidatos, entre outras ações de menor calibre.
Este é o ponto: estamos com 74 dias de 2017 e um clube semifalido, entregue as mãos de um empresário ávido apenas por lucro discute apenas realizações pessoais e não o futuro da instituição.
O processo eleitoral acabou e não sabemos nem de Palmeron ou de Odair quais as ideias para sair de uma encruzilhada, ou seja, a de arrumar 45 pontos na próxima edição da Série B do Campeonato Brasileiro e lutar pelo acesso na Série A-2. Mais: e quando acabar os R$ 350 mil estipulados pela Justiça? Como viabilizará a sobrevivência?
A sentença judicial promete uma nova Arena, Centro de Treinamento e departamento social. A campanha eleitoral faz parte do passado e não sabemos como vão transformar esta necessidade em realidade. Horley Senna garganteia o acesso na sua conta. Porém, Rodrigo Pastana e Marcelo Chamusca são os responsáveis pela façanha assim como Marcus Vinícius Beck Lima e Maurício Barbieri são os artificies de uma reviravolta na Série A-2.
Sobra vaidade e faltam ideias e projetos no Guarani.
(análise feita por Elias Aredes Junior)