A quem interessa desestabilizar Osmar Loss? Quem ganharia com sua saída? O perdedor seria óbvio: o Guarani!

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Apesar do titulo paulista na Série A-2 e a manutenção na Série B do Brasileirão, considero desastrosa a gestão de Palmeron Mendes Filho no Guarani. Com atitudes atrapalhadas, medidas intempestivas e versões conflitantes de medidas adotadas, o dirigente só é salvo da masmorra da história em virtude de resultados obtidos, especialmente no ano passado com Umberto Louzer. Ele não corresponde a expectativa. De 0 a 10, uma nota quatro estaria de ótimo tamanho.

Confesso minha contrariedade por algumas posturas marrentas de Osmar Loss. Bom treinador, ótimo com a mídia, a sua fissura em fechar treinos e esconder escalação só abre espaço para ataques dos detratores. As falhas e equívocos dos personagens acima não descarta a pergunta: a quem interessa derrubar Osmar Loss do cargo de treinador do Guarani? Quem ganhará com isso? Por que desestabilizar o seu trabalho? Por que a torcida não percebe as consequências nefastas de tal medida?

Nestes tempos de ódio infundado e cujo combustível são as redes sociais, avaliações equivocadas são emitidas  e abre espaço para um retrocesso.

Contesto quem afirma que Loss não tem estilo de jogo. Tem e basta rever as vitórias contra Corinthians e Botafogo para perceber. A marcação adiantada, a tentativa de retomar a bola no campo de ataque, o posicionamento ofensivo de Thiago Ribeiro, a atenção para que Deivid e Ricardinho atentos, a valorização da posse de bola. Tudo isso é fruto de treinamentos exaustivos.

Devemos questionar os jogos como visitante, em que falta uma opção de velocidade para desafogar. Só que esse questionamento deveria ser feito para Fumagalli e Marcus Vinicius, os responsáveis pela montagem do time.

Que, aliás, enfrentaram dificuldades na montagem da equipe por causa do dinheiro curto. Diante disso, os 10 pontos são suficientes para acreditar em novos tempos. E uma vitória contra o São Caetano afasta qualquer risco de rebaixamento e recoloca esperança na busca da vaga às quartas de final.

No ano passado, o Linense foi rebaixado com 10 pontos ganhos enquanto que Santo André somou oito. Em 2017, o São Bernardo caiu com 10 pontos e o Audax ficou com 9 pontos. Com cinco jogos a serem disputados, por enquanto não dá para dizer que o quadro é desesperador e que a campanha do Guarani é ruim. Pelo contrário. O Alviverde é o sétimo colocado na classificação geral. Como apontar que a campanha é ruim? Não, não é.

Digamos que a turba seja atendida e Loss seja demitido. Quem será contratado em seu lugar? Como implantar uma nova mecânica de jogo com poucos jogos para disputar sendo que um deles será o derbi contra a Ponte Preta no Moisés Lucarelli?

Ao invés de realizarmos pedidos infundados, que tal requisitarmos que os responsáveis pelo futebol profissional bugrino cobrem ajustes no trabalho de Loss? Destruir um trabalho já iniciado é mais cômodo para quem se esconde na cultura predadora do futebol e no fundo, no fundo, mesmo que involuntariamente quer ver o circo pegar. Hoje, com a saída de Loss, o Guarani perderia. De goleada. Não é hora para atos inconsequentes.

(análise feita por Elias Aredes Junior)