Análise: Ponte Preta jogará para livrar a cara de quem protagonizou um show de incompetência

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Depois de um longo e tenebroso inverno, os jogadores e os integrantes da comissão técnica da Ponte Preta receberam a visita de diversos dirigentes na manhã de domingo. O presidente José Armando Abdalla estava acompanhado do vice-presidente Sebastião Arcanjo, do diretor de futebol Ronaldão, do comandante do Conselho Deliberativo Tagino Alves dos Santos e do presidente de honra Sérgio Carnielli, talvez a presença mais surpreendente. Tanto que no material enviado pela assessoria de imprensa e colocado no site oficial a foto destacada é a do dirigente e comandante do grupo político que encontra-se há 21 anos no Majestoso.

Como o Red Bull empatou sem gols com o São Bento e o Santo André quebrou um galhão ao perder nos minutos finais do Botafogo de Ribeirão Preto, dá para dizer que um triunfo diante do Bragantino fará o torcedor da Macaca respirar aliviado. Esse sim não tem culpa de nada e é uma vitima do espiral de incompetência e descaso reinante.

Um clube que dá o sumiço virtual como prêmio ao gerente responsável pelo time que levou a equipe à Série B do Campeonato Brasileiro. Uma equipe cujo principal dirigente – Sérgio Carnielli – passou meses e meses sem dar as caras no clube e não emitiu qualquer opinião sobre a queda de verba e as inúmeras ações trabalhistas que começam a pipocar. Um agremiação que não sabe o tamanho do estrago financeiro promovido pela gestão anterior. O mistério é tamanho que os conselheiros serão obrigados a realizar uma reunião extraordinária especifica sobre tal tema.

Ou seja, a visita de cortesia é importante, mas não isenta ninguém de culpa. Especificamente sobre o Campeonato Paulista, o fracasso de rendimento dos reforços como Silvinho recai sobre Ronaldão e sobre a cúpula do futebol, Gustavo Bueno. Ou alguém colocou uma arma na cabeça dessa galera para defender a camisa da Alvinegra? Pois é.

Existiram, sim, imprevistos como as lesões de Felipe Cardoso e de Tiago Real. Mas isso não a tira a responsabilidade destes dirigentes sobre os erros e os equívocos sofridos. Nem falta de dinheiro é desculpa, mas a Macaca já esteve em quadro financeiro dramático e montou times muito melhores. É só relembrar a base montada por Niquinho Martins como gerente de futebol e Gilson Kleina no Campeonato Paulista de 2011 e saberá do que falo.

Então, que esses atletas tratem de entrar em campo, vencer o Bragantino e limpar a barra daqueles que estão no comando da comissão técnica e dos engravatados presentes nas salas de ar condicionado do Majestoso e precisaram ver a tragédia aparecer no horizonte para ouvir o clamor do torcedor.

(análise feita por Elias Aredes Junior)