O desafio é gigantesco. Apesar de contar com um séquito de fãs incondicionais, o técnico Gilson Kleina chega para sua quinta passagem na Ponte Preta cheio de desafios.
O principal deles é a rejeição. Muitos torcedores dizem que seu tempo já passou, que a Macaca deveria procurar novos ares e que suas estratégias já são datadas.
Na sua última passagem, o que ficou de legado foi um time sem imaginação, incapaz de fazer uma recomposição de modo eficiente e preso as famosas ligações diretas do campo defensivo ao ataque. E que geralmente não produziam fruto nenhum.
Se realizarmos uma análise fria e calculista, o seu retorno é um bonde de contradições. Não há sentido em seu retorno, especialmente quando a intenção era tentar formulas e trabalhos novos.
Mas existe um predicado a favor do treinador: a humildade.
Na entrevista que foi ao no Brasil Esporte Clube, na Rádio Brasil de Campinas no dia 01º de maio, o treinador admitiu as debilidades de sua última gestão, concordou que seus métodos de trabalho precisavam de uma reciclagem e que estava em cursos para se aperfeiçoar e conhecer as novas tendências do futebol.
Não há como evoluir sem admitir as falhas. Kleina já marca um belo gol com tal postura. No entanto, ele precisa mostrar serviço rapidamente e com a junção de resultado e desempenho.
Pedir jogadores?
Seria o ideal. Neste momento não há outra saída senão tirar muito do pouco que a Macaca tem. O elenco é limitado, tem debilidades e falhas. Para mostrar que está reabilitado nada melhor do que realizar um bom trabalho em conjuntura adversa.
Que o treinador subverta todas as nossas previsões e coloque novamente em pauta uma palavra ausente do cotidiano pontepretano: qualidade. Já passou da hora.
(Elias Aredes Junior)