Análise: Torcida faz mobilização total pela salvação da Ponte Preta no Brasileirão. Mas o time e a Comissão Técnica precisam ajudar!

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Ingressos vendidos a seis reais. Treinador com discurso otimista e com promessa de permanência. Torcida mobilizada e com fé em uma reviravolta. A Ponte Preta e sua comunidade adotam postura correta após a derrota para o Fluminense.

Deve e precisa encarar os 180 minutos diante de Vitória (BA) e Vasco da Gama como os jogos mais importantes da década. Vale a sobrevivência no pelotão dianteiro e a garantia de R$ 30 milhões em 2018. Só que um detalhe não pode passar despercebido: tanto a comissão técnica como os atletas precisam acabar com o festival de erros cometidos no gramado.

Não é normal uma equipe contar com oito jogadores expulsos em 36 jogos. Concordo a gritaria em torno da exclusão de Naldo. Injusta. Anderson Daronco errou. Feio. Agora, é impossível ignorar que nos últimos jogos os volantes pontepretanos encontram-se mal posicionados  e cometem faltas graves. A melhoria cabe ao treinador de plantão a mais ninguém. Treinos táticos a exaustão. São limitados? É verdade. Que então fiquem compactados, próximos uns dos outros para fechar ainda mais o espaço.

A Ponte Preta ajudaria o seu torcedor se Lucca fosse auxiliado de modo mais efetivo. É desumano pedir para Danilo Barcelos passar os 90 minutos no auxilio ao lateral-esquerdo Jefferson e por vezes atuar pelo flanco ou fechar em diagonal para armar por dentro.

Tanto Léo Arthur precisa buscar uma produtividade efetiva como é imperioso utilizar Renato Cajá o máximo de tempo disponível. Fora de forma? A questão fica secundária. A Macaca está sedenta de criatividade e precisa do seu futebol.

Quanto a Eduardo Baptista não há como ignorar sua honestidade, caráter, retidão e postura. Mas não é super homem. Erra. Seus equívocos não podem ser minimizados.

No jogo contra o Fluminense, após perder Naldo por expulsão Eduardo Baptista sacou Léo Gamalho no intervalo e apostou em Fernando Bob. Vacilou na retirada do centroavante. Apesar de ser lento, o atacante poderia ser precioso nos lances de bola parada, tanto na parte defensiva como ofensiva. Coincidência ou não, o lance do gol inaugural do tricolor carioca surgiu de uma cobrança de escanteio e Henrique cabeceou para detonar o lance fatal. Será que Léo Gamalho não ajudaria em conjuntura delicada? Creio que sim.

O técnico precisa ter consciência da estrada que trilhou ao virtualmente descartar Emerson Sheik, lesionado no departamento médico mas nitidamente sem espaço no elenco.

Não valeria a pena conversar com o atleta e pedir um sacrifício, uma aceleração de sua recuperação? Será que não falta diálogo? E o grupo de jogadores está satisfeito com Sheik? Caso não esteja os atletas já tiveram uma conversa para colocar em pratos limpos? Se o clima é amigável porque ninguém lamenta sua ausência nas entrevistas coletivas? Mesmo fora de combate Emerson Sheik será importantissimo pela sua vivência e tarimba em relação as armadilhas da bola.

É preciso contar com todo mundo. Inclusive com quem parece carta fora do baralho. Porque não dá para brincar com a perda de vaga na divisão de elite.

(análise feita por Elias Aredes Junior)