Análise: virtudes e defeitos do Guarani sob o comando de Daniel Paulista

0
886 views

O empate por 1 a 1 entre Vitória (BA) e Guarani mostrou pontos positivos do trabalho do técnico Daniel Paulista, mas por outro lado expôs defeitos que não podem deixar de serem abordados e corrigidos no menor tempo possível.

Andrigo continua sendo a peça chave do setor ofensivo.

Suas arrancadas oferecem perigo, desbravam defesas e seus chutes de média e longa distância serão preciosos quando retrancas aparecerem pelo caminho. Um outro adendo foi acrescentado: aproximação com os companheiros. Andrigo, Julio César, Davó e Bruno Sávio estiveram próximos uns dos outros em diversos lances, com toques curtos e rápidos e com deslocamentos que são capazes de oferecer alternativas de conclusão, como no gol feito por Bidu.

Destaca-se ainda a liberdade concedida aos laterais Pablo e Bidu que podem tanto buscar a linha de fundo como se transformarem em meias ofensivos em situações excepcionais.

Isso tudo certamente é fruto de treino. Não é acaso. Pelo lado negativo, no setor ofensivo, ressalte-se ainda a ausência de jogadas ensaiadas de bola parada ofensiva ou nos escanteios, algo que era a marca do técnico Allan Aal.

Considero que o sistema defensivo mostrou falhas. A principal foi a liberdade concedida aos jogadores do vitória nas imediações da área bugrina. Um cerco por vezes até medroso e sem iniciativa. Faça a junção de tal debilidade ao fato do volante Indio não conseguir bloquear o espaço adversário e falhar na ajuda a Bruno Silva, por vezes sobrecarregado.

Para terminar um fator que foge ao alcance do treinador: o banco de reservas tem parcas opções. Talvez com a presença de Lucão e colocação de algum titular atual na suplência oferece uma concepção diferente. Hoje, o quadro é muito mais de lamento do que de jubilo.

Percebe-se que Daniel Paulista tem um rumo. Sabe o que quer. Precisa de tempo para deixar a equipe com as jogadas e mecanismos necessários para buscar a vitória. E a diretoria bugrina, por outro lado, precisa ajudar. Sem um banco de reservas minimamente qualificado não há como pensar em boa campanha.

(Elias Aredes Junior)