A Ponte Preta voltará às suas origens para sair do buraco em 2018. Destaque no país por sempre ter em seus times bons pratas da casa, como Oscar, Juninho, André Cruz, Fábio Luciano, Aranha, Luis Fabiano e outros, o clube vai apostar nas categorias de base para não decepcionar no Paulista e passar rápido na Série B.
O técnico Eduardo Baptista, que voltará à divisão após cinco anos, ganhou carta branca da diretoria para apostar e ir testando os meninos dos juniores na transição da temporada. Alguns nomes já estão confirmados para 2018. O goleiro Ivan, o zagueiro Reinaldo, o lateral Emerson, o volante Marquinhos, além dos atacantes Yuri, John Kleber, Felippe Cardoso e Aaron serão integrados ao elenco profissional da Macaca a partir de 2 de janeiro.
A estratégia se dá por dois motivos, sendo o primeiro financeiro. Com uma redução de praticamente 75% do orçamento do clube em comparação aos últimos anos – só a cota de TV cairá de R$ 30 milhões para R$ 9 milhões -, o time Alvinegro terá que se readaptar a uma antiga realidade. O clube ainda não pagou a rescisão contatual de alguns atletas e deve o 13º para funcionários. O pequeno caixa para se movimentar no mercado obriga a comissão técnica a montar uma equipe com peças alternativas.
A segunda razão foi o insucesso obtido com veteranos e medalhões. Os destaques recentes da Ponte Preta foram William Pottker e Clayson, jogadores que ainda eram desconhecidos no mercado, além do goleiro Aranha, prata da casa. A utilização de experientes como Emerson Sheik, Rodrigo, Borges, Renato Cajá e Fernando Bob não deu certo nos últimos anos. A diretoria acredita que há custo beneficio em trocar os jogadores com rodagens por aqueles que estão com fôlego novo, além dos que buscam ascensão no mercado.
O goleiro Vinicius, emprestado pelo Palmeiras, o zagueiro Wesley Matos, ex-Vila Nova, e o volante Ronaldo, revelado por Eduardo Baptista no Sport, são três jogadores que fazem parte deste perfil buscado pela Ponte Preta. Além de revelar mais jogadores, a Macaca quer apostar em atletas que buscam afirmação dentro do mercado, como aconteceu com Pottker, Clayson, Biro Biro e outros atletas que cresceram no Moisés Lucarelli.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)