Arquibancada: Doriva e a rotina de sempre sobrar no menos culpado

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Nosso futebol, em vista do que é praticado na Europa, é amador. Isso não se diz respeito somente ao jogo com a bola, mas principalmente aos que comandam os clubes. Pouquíssimos tem conhecimento do esporte e, para muitos, a instituição é extensão de suas empresas e negócios.

Esses “gestores” têm o poder da caneta e, quando inserem seus times em uma crise, não sabem como resolver. Afinal, não conhecem do esporte e demitem o técnico. No nosso caso, Doriva. Muitos torcedores não gostam de misturar o lado político com o jogo de futebol, mas é inevitável. Uma coisa não caminha longe da outra. Elas se complementam e se interagem. Por isso, o reflexo do campo é culpa da administração do futebol e é exatamente por isso que o time não tem conseguido sair desse atoleiro.

Na Ponte Preta se tolera todos os trabalhos, menos o do técnico. Qual é o torcedor pontepretano satisfeito com o cenário político? Será que o nosso problema é técnico? Vou começar por 2017 para não alongar muito. Na ocasião, iniciamos o ano passado com Felipe Moreira porque usaram como exemplo o Corinthians na efetivação do seu auxiliar técnico. Depois de oito, isso mesmo (!), oito jogos no comando do time, Felipe foi demitido pela eliminação na Copa do Brasil por um time da Série C.

Brigatti assumiu e foi levando até a chegada de Gilson Kleina. Como ninguém é milagreiro, fizemos alguns jogos bons que, por coincidência, foi na fase eliminatória do Paulistão de 2017 e outros péssimos no comando técnico do então homem de confiança de Sérgio Carnielli. Kleina foi demitido, mas Gustavo Bueno se manteve e o sonho de consumo da diretoria da Ponte voltou com força, Eduardo Batista. Com os mesmos nomes de Kleina e alguns “reforços”, como Emerson Sheik, fez um trabalho pior ao seu antecessor e nos levou à Série B.

Vamos nos lembrar que tudo isso com orçamento recorde na história do clube e, talvez, para uma equipe do interior. A incompetência é realmente dos técnicos que passaram – e passarão – por aqui ou são as negociações e contratações, no mínimo, controversas com a Elenko Sports e outros agentes? Como contratam mal os pupilos de Sérgio Carnielli.

Tem jogador de Série D jogando no meu time! Estão de brincadeira com a Maior do Interior! A diretoria de 2017 só deu as caras para os repórteres de rádios e TV na final do Paulista de 2017 e, depois, sumiram. Os de hoje fazem igual ou pior: qual seria a função do hoje licenciado, Ronaldão, e do “gestor” Marcelo Barbarotti que veio do Novorizontino? Alguém já ouviu a voz do Barbarotti em nome da Ponte Preta?

Enfim, precisamos de pessoas competentes, conhecedoras de futebol e com identificação para o clube sair dessa situação.

(análise: André Gonçalves)

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