Balanço da Ponte Preta registra aumento no déficit e na dívida com Sérgio Carnielli. Existe limite para a insensatez?

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Em publicação feita no final da tarde desta quinta-feira, dia 30, a diretoria da Ponte Preta publicou o seu balanço financeiro em que constata um déficit no exercício de R$ 11.078.689, um crescimento de aproximadamente 84,6% em relação ao exercício encerrado em dezembro de 2018, quando a agremiação registrou um resultado negativo de R$ 5.999.035.

A data era a final para finalizar o processo de registro dos balanços financeiros de acordo com regras estabelecidas pelo Código de Defesa do Torcedor e a Lei Pelé. O documento foi aprovado com ressalvas pelo Conselho Fiscal, mas precisa ser analisado e votado pelo Conselho Deliberativo, que ainda não tem data para se reunir.

Apesar de encontrar-se no cargo desde novembro do ano passado, o atual presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho permitiu o aporte de R$ 3.850.000,00 por parte do presidente de honra, Sérgio Carnielli. Com isso, somente a divida com o ex-dirigente atingiu o patamar de R$ 107.571.323, ao se incluir a divida com a Carnielli Investimentos. O montante devido em dezembro de 2018 era de R$ 103.721.323

Este Só Dérbi fará outras matérias nos próximos dias referentes aos balancetes de Guarani e Ponte Preta.

Algo dá para dizer em relação a Ponte Preta: seja qual for o presidente, o modelo de gestão reinante no Majestoso é deficiente, fraco e sem qualquer planejamento. Profissionalismo é artigo em falta.

Não adianta querer colocar Campinas em uma bolha e considerar que apenas uma fórmula dará resultado. Não podemos fugir dos fatos: sem profissionais capacitados, formados, com conhecimento acadêmico e eficientes para entender como se conduz uma equipe de futebol, o fracasso será eminente.

O aumento da divida com Sérgio Carnielli e do déficit do exercício é apenas a consequência da adoção de um modelo que está esgotado.

Não dá mais para postergar: ou a Ponte Preta adota uma gestão profissional, antenada com os novos tempos ou pode abraçar em médio e longo prazo frutos amargos.

(Elias Aredes Junior)