O presidente de honra Sérgio Carnielli ainda continua na berlinda. O seu racha com José Armando Abdalla Junior repercute nos corredores políticos do Majestoso. Um conselheiro e integrante do seu grupo político, sob a condição de anonimato, colocou um outro ponto de vista a este jornalista que merece reflexão.
O atual presidente da Macaca sofre o terremoto causado por um ato de deslealdade política. Só chegou ao posto máximo graças a benção de Carnielli e de Vanderlei Pereira. E agora dá as costas para essas pessoas. Paga os custos desta escolha. Ou seja, retaliação.
É uma tese interessante. Só considero que esbarra em algo primordial. Se sou eleito para um cargo máximo eu realmente devo lealdade ao grupo político que me apoiou. Vou consultar, pesquisar o que eles pensam e depois vou tomar minha decisão.
O detalhe é que todas as pessoas hoje rompidas com o grupo político de Carnielli tem explicação idêntica na ponta da língua: a questão não era consultar ou negociar com o presidente de honra quando a pessoa estava no exercício do poder. Era entregar todo o poder para Carnielle. Sem contestação. Ser apenas o portador da caneta, mas com a mão direcionada. Nesta condição você aceitaria? Aguentaria ficar três ou quatro anos submetido a uma tutela sufocante?
Concordo que em quadro normal a transição pacifica seria a formula ideal. Só que quem é opositor a Carnielli não quer conversar e do outro lado também não existe disposição ao diálogo.
Pior: a Ponte Preta não tem uma única pessoa com transito em ambos os lados com capacidade para costurar um acordo. Traduzindo: um Danilo Villagelin.
Abdalla quer reafirmar sua força política. Carnielli não está disposto a recuar. Infelizmente, o conflito será inevitável. Pena.
(análise feita por Elias Aredes Junior)