Com arbitragem polêmica, Ponte perde invencibilidade no Majestoso contra o Palmeiras

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A Ponte Preta perdeu os 100% de aproveitamento como mandante no Campeonato Brasileiro. A Macaca foi derrotada para o Palmeiras, no Majestoso, por 2 a 1, e conheceu sua primeira derrota em Campinas. Apesar dos gols marcados por Guerra (2x) e Lucca, o destaque foi a arbitragem de Wagner Reway. Ele expulsou três jogadores, inverteu faltas e conduziu mal a partida, revoltando jogadores, torcedores e comissão técnica da Macaca.

O próximo compromisso da Ponte será no duelo contra o Sol de América, às 19h15 da quinta-feira, no Majestoso, no jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana. No Brasileirão, na próxima rodada, terá o Avaí como adversário, fora de casa, sem poder contar com as presenças de Rodrigo e Cajá, expulsos, e Emerson Sheik, que recebeu o terceiro cartão amarelo e estará suspenso.

PRIMEIRO TEMPO
O primeiro tempo pode se resumir em um nome: Alejandro Guerra. O venezuelano do Palmeiras comandou todas ações do time alviverde na primeira etapa e deu trabalho para o sistema defensivo da Ponte Preta. Não à toa ele é o único nome do elenco do Verdão que não saiu dos titulares com Cuca. Mesmo com uma equipe alternativa, os visitantes comandaram os 30 primeiros minutos, mas sem grandes sustos. Aranha foi exigido apenas 22 minutos na finalização do próprio Guerra.

Quando a Ponte Preta começou a ensaiar mais ataques cedeu espaços ao adversário. Aos 38 minutos, Tchê-Tchê avançou com espaço e deixou Guerra no mano a mano com Aranha. O goleiro da Macaca saiu sem firmeza e não evitou o gol palmeirense. A reação não demorou e o empate saiu logo na saída de bola. Sem eficiência na infiltração, Lucca arriscou de fora da área e venceu Fernando Prass aos 40 minutos. Um gol para cada lado e o intervalo empatado estava desenhado.

Mas, depois de um lance de displicência de Fernando Bob, o Palmeiras aproveitou para fazer o segundo gol ainda no primeiro tempo. O camisa 5 da Macaca tocou errado e armou o contra-ataque para os visitantes. Em uma triangulação envolvente, Gabriel Furtado rolou para Erik, que de calcanhar serviu Guerra e o venezuelano cumprimentou para o gol: Palmeiras em vantagem nos 45 minutos iniciais.

SEGUNDO TEMPO
Sem efetividade nas jogadas de velocidade com Claudinho, Gilson Kleina optou por substitui-lo e colocou Léo Artur para encorpar o meio-campo. Os laterais Nino Paraíba e João Lucas também ganharam mais espaço, mas quem chamou a responsabilidade foi Emerson Sheik. O camisa 11 executou um grande lançamento para Léo Artur, que na marca do pênalti desperdiçou a principal chance de empatar.

As falhas não se resumiram apenas aos jogadores. A arbitragem no segundo tempo caiu de rendimento e Wagner Reway passou a ser o centro das atenções, mas de forma negativa. Faltas que eram marcadas contra a Ponte Preta não tinham o mesmo critério para o lado do Palmeiras e os nervos começaram a esquentar.

Foram três expulsões nos últimos 5 minutos. Primeiro Rodrigo. O zagueiro, que já tinha amarelo, chutou a bola em cima de Borja e recebeu o segundo amarelo. Depois, Renato Cajá e Tchê-Tchê se estranharam e foram expulsos. Com muita confusão e gritos de “vergonha”, a Macaca conheceu sua primeira derrota em casa.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento/foto: PontePress)

FICHA TÉCNICA

PONTE PRETA – Aranha; Nino Paraíba, Marllon, Rodrigo e João Lucas (Lins); Fernando Bob, Elton (Felipe Saraiva) e Renato Cajá; Claudinho (Léo Artur), Lucca e Emerson Sheik.  Técnico: Gilson Kleina

PALMEIRAS – Fernando Prass; Juninho, Luan e Mina; Gabriel Furtado (Fabiano), Tchê-Tchê, Mayke e Guerra (Borja); Roger Guedes, Erik (Dudu) e Willian Bigode. Técnico: Cuca

Gols: Guerra aos 38 e 45 minutos; Lucca aos 40 minutos do primeiro tempo;

Juiz: Wagner Reway

Cartões amarelos: Fernando Bob, Rodrigo, Emerson Sheik, Lucca e Renato Cajá (Ponte Preta); Guerra e Gabriel Furtado (Palmeiras)

Cartões vermelhos: Rodrigo e Renato Cajá (Ponte Preta); Tchê-Tchê (Palmeiras)

Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas

Público: 6.051

Renda: R$ 141.840,00