Como o empresário Nenê Zini virou peça importante no ano do Guarani

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O presidente do Guarani, Palmeron Mendes Filho, revelou em recente entrevista à Rádio Central que Nenê Zini, proprietário da agência BN Zini, teve participação fundamental nas contratações dos jogadores da temporada 2017. Aproximadamente 20 contratações passaram pelas mãos do empresário.

“O Nenê Zini nos auxiliou neste ano com um investimento aproximado de R$ 1 milhão”, disse o presidente bugrino.

Filho do ex-presidente Beto Zini, Nenê dividiu a opinião dos torcedores, mas atuou não só nas transferências dos seus clientes diretos como também auxiliando outros empresários, como Carlos Leite, nas contratações de Paulinho e Rafael Silva. Zini trabalhou ativamente como intermediário de diversas negociações.

De acordo com levantamento do Só Dérbi, 15 atletas do gripo da última Série B possuem ligação com o empresário: o goleiro Vagner, os laterais Dênis Neves, Kevin e Salomão, os zagueiros Philipe Maia e Willian Rocha, os volantes Betinho, Denner e Pablo, o meia Bruno Nazário, além dos atacantes Paulinho, Rafael Silva, Caíque, Elias e Matheus Serafim.

A participação na base também é ativa. A empresa de Zini já gerencia a carreira de jovens como Gabriel Poveda, Danilo Romão, Davi, Pablo, Felipe e Titi.

Palmeron evitou fazer um saldo sobre a parceria, mas já admite que busca novas alianças para deixar o vínculo com Zini mais saudável. “O maior beneficiado de novas parcerias seria o próprio Nenê. Assim, ele poderá voltar a ser um torcedor no Guarani e ficar na casa dele ou na vitalícia sem nos auxiliar com R$ 1 milhão”, disse.

Além dos estudos sobre a terceirização de futebol – projeto que envolveria três grandes empresas -, a diretoria do Guarani fortalece o relacionamento com os times da capital. Corinthians, São Paulo e Palmeiras já disponibilizaram atletas para empréstimo durante a Série A2 do Campeonato Paulista. “Já temos a lista de atletas com esses três times pagando 100% dos salários ou próximo a isso. Tem sido um intercâmbio muito positivo”, completou Palmeron.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)

4 Comentários

  1. Me lembrou algo interessnte…
    O que aconteceu com o Poveda? Cheio de futuro? Cria da casa… num momento estava pronto pra subir, no outro desapareceu…

  2. A produtividade deste ano foi HORROROSA!! Contrataram muitos jogadores “deste empresário” e o Bugre apenas não caiu por causa de uma vitória a mais do que o Luverdense. Se tivéssemos trabalho sério na base, teríamos lançado jogadores neste ano, teria rendido caixa ao clube. Mas não, vamos terceirizar. Agora, se o clube não defender seus próprios interesses e deixar apenas nas mãos dos distintos empresários, vejam o exemplo e o fim que levou a terceirização do Hospital Ouro Verde…..

  3. Infelizmente a base do Guarani não é auto sustentável, diferente de clubes como Corinthians que possui mais de 100 atletas da base, com custo de R$5 mil para cada garoto, mas que ao mesmo tempo, todo ano, revela jogadores, empresta e negocia sempre que surge uma revelação.

    Sem parceiros, não dá para investir na base.

    Terceirização não pode ser encarada como algo negativo, assim como alguns partidos políticos pregam e fazem o que querem a principal estatal do país. Se fosse algo prejudicial, não seria solução para melhoria do serviço dos Correios.

    No Guarani existe corpo jurídico para analisar o melhor para o clube, uma cogestão é uma ótima alternativa sim. Manda quem paga, igual faz a Crefisa no Palmeiras. É justo, afinal está vindo recursos financeiros, atletas de qualidade ao clube, a base é financiada…