Daniel Paulista, um técnico adepto da coerência. Sorte do Guarani

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O futebol não garante nada. A ninguém. O treinador ovacionado no presente pode ser o bode expiatório do futebol. Basta um empate, um deslize e tudo vai por água abaixo. Talvez por isso que muitos treinadores defendem incondicionalmente os seus atletas, cujo exemplar desse tipo de conduta é Renato Portaluppi.

Por isso, é de se elogiar quando alguém que senta no banco de reservas adota a coerência como norma de conduta. Daniel Paulista, neste quesito veste a camisa 10.

Após o jogo contra o Cruzeiro, ele poderia elogiar a conduta e a força ofensiva do time. Ou tecer loas ao futebol de Régis. Tudo seria verdadeiro. Mas ele preferiu seguir o caminho espinhoso. Sem citar ninguém ou sacrificar algum jogador, deixou clara a sua insatisfação pelos três gols sofridos de bola parada.

Ele disse o seguinte: “Fizemos um trabalho muito voltado para essa bola, mas infelizmente hoje, na prática, a equipe não teve uma postura adequada, não teve uma postura com a mesma determinação que se apresentou dentro do jogo. E fomos penalizados. Então isso tem servir de alerta para que isso não volte a acontecer. Temos que trabalhar mais esse aspecto, vamos fazer isso, com certeza, para que isso não seja determinante para que a equipe não apresente resultados positivos”, disse o técnico.

Sem enrolação. Insatisfação exibida.

Não estamos com acesso aos treinamentos. Mas dá para acreditar de que esse absurdo não será repetido. Caso contrário, não existirá saída senão a de jogar a toalha.

(Elias Aredes Junior com foto de Thomaz Marostegan-Guarani fc-Divulgação)