Levantamento divulgado nesta terça-feira pela Pluri Consultoria demonstra que os principais equipes do futebol brasileiro e pertencentes a divisão de elite concedem 180 dias de trabalho aos seus treinadores. No periodo de 10 anos, a média de cada equipe é ter contado com 18,7 profissionais.
Ao aplicar o critério para a Ponte Preta, o resultado é ainda mais tenebroso. A Macaca concedeu 138 dias para que o profissional contratado implementasse o seu trabalho. No período de 2009 a 2019, a Alvinegra campineira teve 29 trocas de treinadores. Só foram contabilizados os profissionais contratados ou aqueles que foram efetivados.
O nome de maior destaque é Gilson Kleina, que registra quatro passagens na Macaca e tem como saldo um acesso na Série B, uma semifinal de Paulistão em 2012 e um vice-campeonato regional em 2017. Outros três profissionais tem duas passagens: Guto Ferreira, Jorginho e Eduardo Baptista.
Para fugir do circulo vicioso, a nova diretoria pontepretana bancou a manutenção do trabalho de Gilson o que vai na contramão até daquilo que é reinante do futebol brasileiro. “ Dezembro é o mês de mais mudanças para os treinadores no Brasil, concentrando 12,6% das trocas totais nos últimos 10 anos, seguido por agosto e setembro, com 11,8% e 11,5%, respectivamente. A chance de queda nestes 3 meses é 68% maior que nos demais meses do ano”, afirmou o relatório emitido pela Pluri Consultoria.
(Elias Aredes Junior)
QUEM TREINOU A PONTE PRETA DE 2009 A 2019
2009
Sérgio Soares
Marco Aurélio
Pintado
Márcio Bittencourt
2010
Sérgio Guedes
Jorginho
Givanildo de Oliveira
2011
Gilson Kleina
2012
Gilson Kleina
Guto Ferreira
2013
Guto Ferreira
Paulo César Carpegiani
Jorginho Campos
2014
Sidney Moraes
Oswaldo Alvarez
Dado Cavalcanti
Guto Ferreira
2015
Guto Ferreira
Doriva
2016
Vinicius Eutrópio
Alexandre Gallo
Eduardo Baptista
2017
Felipe Moreira
Gilson Kleina
Eduardo Baptista
2018
Eduardo Baptista
Doriva
Marcelo Chamusca
Gilson Kleina
2019
Mazola Junior
Jorginho Campos
Gilson Kleina
Fonte: Edu Pinheiro (Rádio Bandeirantes)
Dessas 29 trocas, umas 3 ou 4 foram por demissão espontânea do próprio treinador (Gilson Kleina, Doriva, Vadão …)