Em três anos de participação na Série B, Ponte Preta perdeu 76 pontos como mandante. De quem é a culpa?

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Na entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira, no estádio Moisés Lucarelli, o goleiro Ygor Vinhas admitiu que o fraco aproveitamento em casa, em que conquistou 35 pontos dos 57 que disputou em seus domínios atrapalhou e muito a busca pelo acesso.

Como comparação basta dizer que o Cuiabá, o melhor no quesito, arrebanhou 41 pontos. “Perdemos muitos pontos bestas, principalmente em casa, jogos que estávamos ganhando, sofremos empate no final; jogos que estávamos empatando, sofremos a derrota no final. Com certeza, isso fez muita diferença para que não atingíssemos nosso objetivo”, analisou o arqueiro.

O quadro é pior do que se imagina. Levantamento do Só Dérbi demonstra que desde que retornou a Série B, em 2018, a Macaca fez 57 partidas como mandante. Ao disputar 171 pontos, perdeu 76.

A conquista dos 95 pontos em três temporadas lhe deu 55,5% dos pontos conquistados, rendimento mediano . Basta dizer que no atual ranking de mandantes, o Brasil de Pelotas tem 30 pontos faturados dentro do estádio Bento de Freitas e 55,6% de aproveitamento. Tanto em 2018 como em 2019, a Macaca acumulou apenas 30 dos 57 pontos disputados.

O que comprova a perda de 76 pontos como mandante em três anos de participação na Série B?

Esse desempenho irregular é a comprovação de uma equipe em constante crise. Dentro e fora do gramado. Desde 2018, a Macaca já teve dois presidentes (José Armando Abdalla Junior e Sebastião Arcanjo) e contou com os seguintes treinadores: Eduardo Baptista, Doriva, João Brigatti, Marcelo Chamusca, Gilson Kleina, Mazola Junior, Jorginho, Marcelo Oliveira e agora Fábio Moreno.

Como construir estabilidade? De que maneira viabilizar um esquema de jogo que amasse o oponente e conquiste os pontos dentro de seus domínios?

A decepção no gramado é reflexo dos desacertos nos bastidores. Fato.

(Elias Aredes Junior)