A Ponte Preta está no momento mais complicado da temporada. Após chegar na final do Paulistão com Gilson Kleina, a Macaca caiu de ponta cabeça no Brasileirão e agora está na 18ª colocação com apenas 32 pontos. A Macaca não vence há cinco jogos e precisa derrotar o líder Corinthians, domingo, no Majestoso, para continuar respirando por aparelhos na elite do futebol nacional. Mas o que explica um semestre tão distinto do outro? Os 30 gols marcados ajudam a entender esse declínio.
O time de Gilson Kleina no Paulistão era montado no 4-3-3 com o protagonismo no trio de atacantes. William Pottker atuando pela direita, Lucca centralizado e Clayson no lado esquerdo. Apesar do revezamento no posicionamento, os jogadores mantinham essa estrutura ofensiva com auxilio da trinca de volantes formada por Fernando Bob, Elton e Jadson. Aquele time dos primeiros meses do ano se destacava pela triangulação entre os homens de ataque e pela agilidade de infiltração no contra-ataque. Muito diferente do que ocorre hoje.
A reportagem do Só Derbi analisou todos os gols marcados pela Macaca no Brasileirão e constatou que existe um excesso dos cruzamentos na grande área, mas com baixo aproveitamento. O fundamento com maior precisão da equipe tem sido através das cobranças de pênalti com Danilo Barcelos, que substituiu Lucca – em má fase-, como cobrador oficial da equipe.
Confira o balanço dos gols da Ponte Preta no Brasileirão de 2017:
Cruzamentos – 10 (34%)
Pênaltis – 6 (20%)
Finalizações a longa distância – 5 (17%)
Escanteios – 3 (10%)
Infiltração – 3 (10%)
Rebotes – 2 (6%)
Triangulação – 1 (3%)
Faltas – 0
O cruzamento foi o fundamento mais utilizado pelo time da Ponte Preta no Brasileirão. Destaque para Nino Paraíba, que acumula cinco assistências neste recurso. Recurso mais utilizado no Paulistão, a triangulação entre três jogadores no ataque aconteceu em apenas um gol da Macaca na competição: foi na goleada contra o Coritiba por 4 a 0, no Majestoso, após jogada de Emerson Sheik e Elton que terminou com o gol de Lucca. Apesar de três gols em escanteios, a bola parada direta não tem funcionado. A Ponte ainda não balançou as redes em cobranças de falta diretas.
A reportagem do Só Dérbi analisou as dificuldades do Corinthians nas cinco derrotas do líder no Brasileirão. O principal defeito do sistema defensivo tem sido na bola parada e nas infiltrações nas costas dos laterais – recurso pouco utilizado pela Ponte durante o Brasileirão.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)