Explosão de Covid na Ponte Preta. Ou quando os fatos atropelam os argumentos

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Na semana passada, o presidente da Ponte Preta, Sebastião Arcanjo, oTiãozinho publicou um vídeo com um relato da reunião com os outros 15 clubes da Série A-1 e o entendimento construído de que o protocolo aplicado no Paulistão é seguro e que não há motivos para promover a paralisação.

Eis que os fatos atropelam os argumentos construídos pelos dirigentes quando nesta quinta-feira, a Ponte Preta anuncia mais 11 jogadores infectados com a Covid-19. Testaram positivo os atletas Yuri, Igor Maduro, Papa Faye, Anderson, Léo Naldi, Marcos Júnior e Jean Carlos. O o zagueiro Thiago Lopes testou negativo, mas foi afastado por estar com sintomas.

Na comissão técnica, novas vitimas: o técnico Fábio Moreno, o supervisor de Futebol Cláudio Henrique “Kiko” Albuquerque, o massagista Rogério Melo e o roupeiro Casão também foram infectados. Segundo o clube, Rodrigo Maranhos, preparador físico do SUB20 que estava substituindo o Juvenilson nos  jogos contra Gama e Botafogo, deu inconclusivo/indeterminado, foi afastado e deve repetir o exame na sexta-feira (19).

Não escapou nem o chefe de segurança Neves, que apresenta diversos sintomas de Covid e foi afastado. Todos estão bem, de acordo com o departamento médico da Macaca. Só que o estrago está feito.

Esses fatos mostram por A mais B que fica quase impossível defender a segurança do protocolo. Mesmo que tudo seja feito direitinho. Com exames e cuidados. O fato é que não há exame ou cuidado que consiga administrar o alastramento da Covid no futebol. Está na hora de repensar alguns conceitos.

(Elias Aredes Junior)