Fábio Moreno luta por mais organização da Ponte Preta no gramado. Por que não falou antes?

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A Ponte Preta vive um instante singular. Preocupa-se mais em contratar um executivo de futebol do que um treinador para buscar a ponta da tabela. E o treinador interino concede entrevistas coletivas que mais se assemelham a uma confissão de culpa do que a produção de respostas que possam esclarecer a opinião pública.

Na entrevista concedida antes do jogo deste sábado, o técnico interino Fábio Moreno encaminhou sua visão sobre as prioridades da Macaca no momento. “A gente precisa dar mais opção aos jogadores para que eles tenham mais facilidade para atuar. É tentar fazer a minha parte, aquilo que posso contribuir para que o trabalho seja melhor, dar mais informações a eles, focar na organização. Tudo fica mais simples quando se está mais organizado, tanto para chegar ao gol adversário quanto para se defender e evitar os gols que temos sofrido”, pontuou o treinador.

Perceba que seu foco está na questão da organização. Ou seja, posicionar melhor o time para que ele renda mais e melhor. Podemos claramente chegar a conclusão de que os trabalhos anteriores ele  considerava desorganizados. A saber: Gilson Kleina, João Brigatti e Marcelo Oliveira.

Se a declaração saísse da boca de um treinador recentemente contratado, nós teríamos nossas resistências, mas de certa forma entenderíamos o quadro. Só que quem falou foi alguém que está desde o início do ano dentro da formatação do trabalho. Acompanhou  as contratações realizadas, avalizou a aquisição de treinadores e mais: teve chance de ver e assistir 100% dos treinamentos, algo que não foi possível aos jornalistas, por exemplo.

Se tal organização não existia por que não cobrava? Ou se cobrava e não surtia efeito por que a passividade?

Seria de bom tom que todos assumissem suas responsabilidades na Ponte Preta. Pode subir? Até pode. Mas é inegável que tudo foi feito de modo errado. E se certa forma fazia a sua função com eficiência, fica cada dia mais evidente que Fábio Moreno poderia ser assertivo e evitar que chegasse em tal quadro a situação.  Infelizmente, não dá para apagar o que se fez no passado.

(Elias Aredes Junior)