A entrevista de Fessin no intervalo do jogo contra o Confiança comoveu a torcida pontepretana e os profissionais de comunicação.
Perdeu o irmão e agora precisa seguir. E ajudar seus familiares. Um ponto não pode ser ignorado: o armador foi submetido a um massacre nas redes sociais e até em alguns veículos de comunicação enquanto vivia um luto profundo. Não foi socorrido.
O que fez a diretoria de futebol profissional? Nada. Não comunicou, conversou ou estabeleceu um diálogo com os setoristas para avisar ou dar uma noção do drama pessoal vivido pelo jogador.
Reafirmo: não deveria revelar o real drama de Fessin. Mas contextualizar e com isso gerar uma análise que produzisse a empatia necessária junto ao torcedor.
Deixar de utilizar o jogador? Não dá. Diante do dinheiro curto e opções escassas, todo atleta é válido. E se ele foi utilizado durante todo esse tempo é porque a Comissão Técnica não tinha outra saída. Faltou comunicação por parte da direção de futebol para preservar o jogador de um desgaste desnecessário. Se ele jogava com baixo rendimento, o motivo era plenamente justificável.
Temos que reconhecer: sem a capacidade de diálogo de Gilson Kleina dificilmente o jogador seria recuperado. Que fique a lição. Para que não se repita.
(Elias Aredes Junior-Foto de Diogo Almeida-Pontepress)