O técnico Gilson Kleina realizou o jogo-treino no ultimo final de semana contra o Capivariano e decidiu que a escalação não seria divulgada. Uma medida dispensável, eu diria.
Por que? Não é final de Copa do Mundo, Mundial de Clubes, da Série B ou da divisão principal do Campeonato Paulista. É a largada do Paulistão, que na atualidade presta-se ao papel de proporcionar dinheiro para fechar as contas especialmente de quem disputa a Série B. Nada mais.
Vou além: a escalação dos titulares está em segundo plano na atual conjuntura da Macaca. Importa saber qual será o posicionamento e o comportamento destes jogadores no gramado do Allianz Park.
Exemplo prático: que diferença faz saber quais serão os zagueiros titulares se já sabemos que com Nenê Santana como auxiliar técnico fixo, certamente a saída de bola será diferente? É uma função que deverá ser executada seja por Dedé, Fábio Sanches, Léo Sanches, por quem quer que seja. Ah, mas ele pode armar um time com três zagueiros? Não vai mudar.
E mais: independente da escalação, pelo menos para esse primeiro jogo já sabemos que o time terá que atuar um pouco mais recuado e a espera dos contra-ataques. Esconder a escalação vai mudar tal premissa? Não vai.
Então porque divulgar a escalação? Por um motivo. A Ponte Preta está em processo de reconstrução. Não só na parte administrativa e no futebol profissional, mas na sua relação com o torcedor. A Ponte Preta está divorciada da arquibancada.
Divulgar a escalação faria com que o tema fosse discutido nas redes sociais, que os jogadores ficassem mais familiarizados com quem torce e sofre pela Macaca. E abre a chance do torcedor começar a entender virtudes e falhas que podem aparecer.
O adversário poderia se aproveitar da conjuntura?
Até pode ser. Mas nada pode ser mais importante do que fomentar o sentimento de uma torcida que espera por dias melhores. Não é nada grave, mas Gilson Kleina perdeu uma chance de reconexão.
(Elias Aredes Junior-foto de Diego Almeida-Ponte Press)