Goiás e Galo avançam na construção de suas arenas. E a Ponte Preta? Vai ficar no papel?

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Nos últimos anos, o presidente de honra, Sérgio Carnielli, sempre prometeu a torcida pontepretana que retiraria do papel o projeto da Arena no local em que está na atualidade o Centro de Treinamento do Jardim Eulina. Um projeto que mudaria o aspecto urbano de Campinas e que foi aprovado pela Câmara Municipal em 2014. Após cinco anos, a crise econômica vivida no país e a débâcle das construtoras são motivos enumerados para que a obra não saia da estaca zero. Só que os fatos embaraçam as explicações do presidente de honra. Cresce a cada momento o temor de que a ideia seja uma miragem.

Quando existe a comparação com outros rivais, a preocupação fica intensa. Neste final de semana, o Goiás aprovou em Assembleia de Sócios a reformulação total de seu estádio da Serrinha. A meta é transformá-la em uma arena multiuso e cuja as obras devem ser concluídas em três anos. O projeto estipula a construção de  uma estrutura com três restaurantes, bares temáticos, camarotes, estacionamento para três mil veículos. O estádio também terá o Espaço Mulher, local com serviços de cabeleireiro, maquiador e massoterapeuta totalmente grátis. Todas as verbas próprias do clube serão direcionadas para a construção do empreendimento.

O Atletico Mineiro terminou a temporada de 2018 na expectativa de iniciar a construção de uma arena em parceria com a construtora MRV. O local terá capacidade para 47 mil torcedores e custará R$ 410 milhões e a intenção seria inaugurá-lo em 2020. A construtora, por sua vez, pagará R$ 60 milhões para ostentar sua marca por 10 anos. A previsão é que a arena do Galo Mineiro tenha as seguintes fontes de arrecadação: Arena terá pelo menos oito fontes de receita: bilheteria, estacionamento, alimentação, naming rights, cadeiras cativas, camarotes,  aluguel para shows e eventos e venda de mídia.

Veja que mostrei dois projetos em andamento. De um time médio, localizado na região centro-oeste e de um gigante do futebol brasileiro. Um teve média de 8086 pagantes por jogo enquanto o time mineiro teve 17.177 de média.

Com panorama exposto, a pergunta: e a Ponte Preta? O que vai fazer? Continuará com o projeto em banho Maria ou vai apresentar a comunidade pontepretana um projeto com começo, meio e fim, inclusive na questão de prazos, algo que já existe no Goiás e no Galo?

Sabemos que Sérgio Carnielli quer tirar o projeto do papel. Deseja deixar um legado ao clube. Porém, fica difícil acreditar de que o sonho vai virar realidade diante do dinamismo de outros clubes e a paralisia pontepretana apimentada pela crise política. O torcedor quer e merece explicações. É possível construir? Então mãos à obra. Não é possível? Então que se faça um projeto de modernização do Majestoso. O que não dá é ficar neste clima de indefinição enquanto os outros avançam.

(análise feita por Elias Aredes Junior)