O gol de Careca, diante de 28 mil pessoas no estádio Brinco de Ouro, marcado em um domingo, no dia 13 de agosto de 1978 colocou o Guarani na história.
O título brasileiro tem ineditismos que não foram quebrados: o Alviverde é o único do interior do Brasil que alcançou o topo e suas 11 vitórias consecutivas não foram ultrapassadas. Aquele troféu é fruto direto de uma política e de um planejamento desenvolvido por anos e anos. Não foi fruto do acaso.
Falamos (com razão!) de Carlos Alberto Silva, o condutor do título. Mas como ignorar que durante a década de 1970, Zé Duarte foi técnico de 1971 a 1975? Não, não fale que eram outros tempos. Técnicos eram demitidos e descartados naquela época como são no presente. Em um ambiente conturbado, o Guarani era vanguarda.
Conceito de estabilidade fundamental para que Carlos Alberto Silva fizesse a diferença. Fica para você a reflexão: o Guarani chegaria ao cume se tivesse demitido o treinador após perder do Remo por 5 a 1 no dia 28 de maio de 1978 ainda na fase classificatória? Será?
Um Guarani que revelava jogadores, como o dinâmico Renato ou Careca, que aos 17 anos já era um prodígio. Ou que projetava talentos como Zenon, que desembarcou em Campinas oriundo do futebol de Santa Catarina para desbravar o mundo. Conseguiu.
Um Guarani sem brigas políticas. Com quadros. Planos. Exemplo de administração para todo o Brasil.
Mais do que voltar a conquistar títulos, é este Guarani, jovem, moderno e estável que precisa ser resgatado. O passado, quando analisado com prudência pode servir de norte ao futuro. Parabéns aos campeões de 1978!
(Elias Aredes Junior-com foto de Letícia Martins Guarani F.C-13 de agosto de 2018)