Os dados do passado fornecem combustível para o otimismo do torcedor bugrino na Série B do Campeonato Brasileiro. Por outro lado requisita cautela por causa das armadilhas da competição.
Basta recordarmos algumas edições em que instantes de euforia foram vividas com a mesma intensidade.
Em 2009, o Guarani era comandado por Vadão e após 12 rodadas a equipe tinha 27 pontos e estava na liderança. Após 26 rodadas, comemorou o acesso com 69 pontos.
Em 2017, Vadão estava novamente no banco de reservas e a equipe com 12 partidas disputadas acumulava 22 pontos e a vice-liderança. No final, confusões políticas produziram uma permanência dramática com 44 pontos.
Em 2018, após 12 partidas, Umberto Louzer conduziu o Guarani a 16 pontos e a nona posição, desempenho confirmado ao final das 38 rodadas e 54 pontos acumulados.
São exemplos que mostram o obvio: o campeonato é traiçoeiro e a capacidade de resiliência é testada a cada 90 minutos. Em algumas oportunidades, a prova é superada com louvor como em 2009; em outras, um início positivo não evita uma queda vertiginosa de produção como em 2017.
Faz certo o técnico Daniel Paulista não ficar seduzido pelos holofotes. “Falar em acesso nesse momento é muito prematuro. O resultado tem 12 rodadas, faltam 26 ainda. Muita coisa para acontecer. O campeonato é muito difícil, muito longo, lesões, cartões, muita coisa pode vir a influenciar todo o trabalho. Então a gente tem que estar preparado, manter a concentração no que a gente está fazendo, viver o momento, concentração no momento, focar sempre no próximo adversário, que é o mais importante”, disse o treinador após a vitória sobre o Confiança.
A história dá respaldo e razão ao treinador.
(Elias Aredes Junior- foto de Emanuel Rocha-Guarani F.C)