Tudo funcionava como um relógio suíço. A equipe marcava na zona intermediária ou no campo de ataque do oponente. A movimentação era constante.
Júlio César aparecia para auxiliar o lateral de plantão e Bruno Sávio e Davó faziam a rotatividade pelos lados na espera do trabalho do meio-campo.
Setor de criação que tinha três jogadores que se transformavam em um: Bruno Silva, autor do passe inicial na construção do ataque; Rodrigo Andrade, tomador de bola e pronto para encontrar-se dentro da área ou para desferir chutes de média e longa distância.
Régis, de ritmo mais cadenciado, era capaz de furar bloqueios com um toque refinado. Tudo funcionava de modo pleno. Como a equipe era compacta, os zagueiros não ficavam expostos.
O esquema começou a ruir no tempo inicial diante do Sampaio Correa, quando Júlio César saiu lesionado. Ato contínuo, a recomposição pelos lados perdeu em velocidade e dinamismo. No complemento do quadro caótico, Davó pegou o passaporte e foi embora para desbravar no futebol dos EUA.
Desconectado, sem encaixe, este Guarani, ainda com Davó tomou quatro gols do Vasco. E no sábado mais quatro do Vila Nova. Os reservas? Bem, estes (ainda!) decepcionam.
Daniel Paulista tem até sexta-feira para encontrar soluções que façam o relógio funcionar. Caso contrário, o despertador toca. Não dá para ficar dormindo eternamente.
(Elias Aredes Junior-com foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)