O Guarani realizou nesta quinta-feira a reapresentação do elenco Sub-20 que começa a se preparar para o Campeonato Paulista da categoria, cujo início está previsto para agosto. No ano passado, a equipe caiu nas oitavas de final diante do Taubaté. Serão 24 jogadores sob o comando de Alexandre Penna, com passagens por Sub-15 e Sub17.
Talvez o torcedor do Guarani não tenha a noção do tamanho do protagonismo da equipe Sub 20 na sua atualidade histórica.
Sendo direto: o Guarani não tem dinheiro.
Faltam recursos.
Não há como formar times caros e competitivos se depender das opções mercado. O atual limite é o atual.
Por que? Não há poder de fogo financeiro. O Guarani utiliza parte dos seus recursos para pagar a Folha de pagamento e outra parte para quitar rescisões de anos anteriores. Sem contar os 20% retidos pela Justiça do Trabalho para quitar compromissos.
A presença de jogadores baratos e revelados dentro de sua própria estrutura é essencial. Serem guindados ao time profissional. Um legado que, convenhamos, é fruto da gestão de Felipe Conceição. Hoje, a equipe profissional do Guarani conta com os seguintes jogadores das categorias de base: Lucas Cardoso, Thiago Galice, Jorge (goleiros), Mateus Ludke, Bidu e Eliel (laterais), Titi, Bruno Bianconi (zagueiros), Pedro Acorsi (volantes), Caio Henrique (meias), Matheus Souza, Renanzinho, Wermeson, Alan Leite e Davó.
A maioria são atletas que não geram altos salários e abrem espaço para dividendos em futura venda. A exceção é Davó, hoje ligado ao Corinthians. Esses garotos asseguram o presente (porque não sobrecarregam a folha salarial) e podem gerar caixa no futuro.
Alguns devem melhor potencial no gramado? Concordo. Mas é preferível apostar na melhoria de um garoto formado na base do que em um forasteiro. Que, no final das contas gera mais dor de cabeça do que benefício.
Resumo da ópera: o sucesso de Alexandre Penna será o triunfo do Guarani. E a construção de um futuro melhor.
(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan-Guarani FC-Divulgação)