Guarani tenta quebrar tabu de 13 anos e evitar título do Inter no Beira-Rio

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Já garantido na Série B de 2018, o Guarani visita o Internacional no encerramento da temporada cheio de desfalques. Mas, afinal, o que duelo em Porto Alegre vale ao Bugre? O Só Dérbi explica para você.

1. OPORTUNIDADE PARA OS JOVENS: Entre os titulares, dois nomes chamam a atenção do torcedor: Bruninho e Philipe Maia. O primeiro, que disputou a Copa SP de Futebol Júnior neste ano, foi promovido por Vadão e joga sua primeira partida entre os 11 iniciais na lateral-direita. A vaga natural, se levarmos em consideração os últimos jogos, seria de Kevin. No entanto, o atleta, cujos direitos econômicos são vinculados ao Cruzeiro, não continua em Campinas em janeiro.

Maia, por sua vez, tem a chance de recomeçar. O zagueiro sofreu com lesões no joelho e volta a entrar em campo depois de nove meses – em dois anos, foram quatro partidas. Problemas físicos, por sinal, não são novidades para Philipe. Desde o Mirassol, seu ex-clube, o jogador tem convivido mais no departamento médico do que dentro das quatro linhas.

2. FECHAR A SÉRIE B DE FORMA DIGNA: No primeiro turno, o Guarani teve números animadores. O então vice-campeão da Série C, após campanha frustrante na Série A2, iniciava o torneio nacional com o objetivo de manutenção. Com o passar do tempo, a empolgação tomou conta do torcedor, que viu o time ser líder e ficar no G4 por 15 rodadas. Porém, a situação desandou no final de julho e o bom retrospecto no início quase foi por água abaixo. No returno, o clube campineiro tem o segundo pior desempenho – 16 pontos, com três vitórias em 18 jogos, além de dois meses sem ter o sabor do triunfo.

3. GANHAR MORAL PARA 2018: Uma parte do elenco bugrino não continua para a próxima temporada. Bruno Nazário, um dos destaques no ano, por exemplo, já foi liberado para retornar ao Hoffenheim, da Alemanha. Vagner e Juninho já estão acertados com o Ituano, enquanto Gabriel Leite, Kevin e Paulinho retornam aos seus clubes de origem. Entretanto, alguns nomes vão continuar – Lenon, Salomão e Bruno Mendes. A necessidade de somar três pontos no Beira-Rio para ter moral a partir de janeiro é evidente. Devido à Copa do Mundo entre junho e julho, a Série A2 começa um pouco antes. O acesso é um dos principais objetivos da cúpula bugrina.

4. QUEBRAR O TABU: O Guarani não sabe o que é bater o Colorado há 13 anos. A última vitória alviverde aconteceu em 27 de outubro de 2004 – 3 a 1, justamente no Beira-Rio, em partida válida pela elite do futebol nacional. Na época, a equipe de Jair Picerni balançou as redes com Sandro Hiroshi, Luiz Fernando e Careca (volante). De lá para cá, paulistas e gaúchos se enfrentaram em cinco oportunidades – todas com triunfos do Inter e apenas um gol marcado pelo Bugre.

5. IMPEDIR O TÍTULO DO ADVERSÁRIO: Além de quebrar o tabu, uma vitória bugrina em solo porto-alegrense acabaria com as chances do Internacional de ficar com a taça da Série B. Com 68 pontos, o time comandando por Odair Hellmann precisa vencer e torcer para o América-MG (70) não bater o CRB, em Belo Horizonte – o clube alagoano também não corre risco de ser rebaixado. Um empate, na pior das hipóteses, já garantiria o bicampeonato ao Coelho.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/ foto: SC Internacional)